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Geral

- Publicada em 10 de Dezembro de 2018 às 19:26

Veranistas reclamam do mau cheiro de baleia enterrada em praia de Torres

Baleia foi enterrada sábado (acima) na praia. Monte de areia indica a cova nesta segunda (abaixo)

Baleia foi enterrada sábado (acima) na praia. Monte de areia indica a cova nesta segunda (abaixo)


NANÁ HAUSEN/MONTAGEM/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Moradores e veranistas de Torres reagiram ao destino dado pela prefeitura de Torres para a baleia que apareceu morta em uma das praias do balneário do Litoral Norte. O exemplar da espécie Bryde foi enterrado no sábado (8) numa cova escavada na areia da praia da Cal, uma das mais populares da cidade litorânea, que tem na vizinhança um dos morros que são cartão postal de Torres, o de Furnas.
Moradores e veranistas de Torres reagiram ao destino dado pela prefeitura de Torres para a baleia que apareceu morta em uma das praias do balneário do Litoral Norte. O exemplar da espécie Bryde foi enterrado no sábado (8) numa cova escavada na areia da praia da Cal, uma das mais populares da cidade litorânea, que tem na vizinhança um dos morros que são cartão postal de Torres, o de Furnas.
Nesta segunda-feira (10), as pessoas reclamaram do mau cheiro exalado pelo animal morto. Alguns relatos eram de que urubus rondavam o local pela manhã. O corpo do animal foi colocado em uma cova com profundidade de 1,7 metro, segundo a Secretaria Municipal de Obras, responsável pelo serviço, na área entre a faixa de praia e o calçadão. Uma praça fica próximo ao local. Quase ao lado fica também um quiosque.     
> VÍDEOS JC: Veja a situação no dia em que a baleia apareceu em Torres 
O calor que predominou na região acabou intensificando o odor, contaram moradores. "Tá um cheiro forte de carniça", descreveu a jornalista e mergulhadora Naná Hausen, que chegou a fazer imagens da baleia fêmea, com 10,13 metros de comprimento e idade entre 10 e 11 anos, que deu na praia na tarde de sábado, bem em frente à casa dela na Cal.
"Achei de última enterrar o animal na areia. É a primeira vez que venho para cá e a última", disse uma turista, que não quis se identificar. Ela diz que, no domingo (9), já era possível sentir o mau cheiro, o que afetou o programa de churrasco em casa, que que a visitante está em um imóvel vizinho ao ponto onde fica a cova.    
A professora de ioga e de surfe Sandra Regina Grassi teme que a situação prejudique as aulas, feitas justamente na praia e bem perto do ponto onde o animal foi enterrado. "Não quero nem imaginar a hora que começar a liberar gases. Tá muito superficial!", reclama Sandra, referindo-se à liberação de gases com a decomposição do animal. 
As queixas chegaram pela manhã à prefeitura, admitiu o secretário municipal de Obras, Davino Lopes. "Algumas pessoas comentaram, teve vereador lá e fomos verificar a situação no começo da tarde", conta Lopes, que foi ao ponto da escavação no começo da tarde e minimizou. "Não senti odor."
Mesmo assim, Lopes disse que orientou funcionários a reforçar a camada de areia até uma altura de dois meses do nível do chão. "Onde enterramos, fica fora da faixa de praia", assegurou o secretário. Mas, por outro lado, fica mais próximo das residências e fluxo de moradores e visitantes. Naná diz que o ponto é praia, só é menos frequentado. 
Segundo Lopes, a prefeitura não tem equipamentos para remover o animal, por isso tem de enterrar na praia. Isso já ocorreu com outras baleias que encalharam na orla. A última foi em 2015. "O ideal era ter escavado mais um metro de profundidade, mas não tinha como. Vamos monitorar e melhorar a vedação, se for preciso", garante o secretário. "Que época que ela (baleia) foi escolher para morrer", lamentou Lopes.
Em 20 dias, ocorrem os festejos do réveillon, e o de Torres é um dos mais badalados no Rio Grande do Sul. Milhares de gaúchos saem do interior e de Porto Alegre para passar a virada de ano na cidade. A praia da Cal lota no verão. O secretário torce para que não se repita a ressaca da semana passada, que poderá remover a areia acumulada e que serve de barreira ao mau cheiro.
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