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Saúde

- Publicada em 30 de Outubro de 2018 às 01:00

Dia Mundial de Combate ao AVC alerta para fatores de risco

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e invalidez no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cardiovasculares. Como o tratamento e os cuidados posteriores são difíceis e, muitas vezes, não são suficientes para evitar sequelas, a prevenção dessa enfermidade é fundamental. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS), instituiu o 29 de outubro como o Dia Mundial de Combate ao AVC.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e invalidez no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cardiovasculares. Como o tratamento e os cuidados posteriores são difíceis e, muitas vezes, não são suficientes para evitar sequelas, a prevenção dessa enfermidade é fundamental. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS), instituiu o 29 de outubro como o Dia Mundial de Combate ao AVC.
Conforme o Ministério da Saúde, o AVC doença é a causa mais frequente de óbito na população adulta (10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2016, foram 188.223 internações para o tratamento de AVC isquêmico e hemorrágico no SUS. O ministério registrou 40.019 óbitos por AVC naquele ano. Somente no Rio Grande do Sul, aproximadamente 8 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de acidente vascular cerebral.
O AVC acontece quando um vaso sanguíneo que leva sangue e nutrientes para o cérebro para de funcionar - ou ele é obstruído por coágulo ou placa de gordura ou ocorre uma hemorragia. Quando isso acontece, uma parte do cérebro não recebe mais sangue e oxigênio e começa a morrer. A extensão e localização do dano cerebral determina a gravidade do quadro do paciente.
Leandro Menzen, coordenador médico da emergência do Hospital Divina Providência, de Porto Alegre, alerta que os sintomas de AVC são sutis na maioria das vezes. "Geralmente, o paciente apresenta alteração da fala e da visão, desequilíbrio, dormência e fraqueza em um lado do corpo", pontua.
Os principais sinais são perda repentina da força muscular e formigamento em um dos lados do corpo; cegueira ou dificuldade para enxergar; paralisia facial (muitas vezes, manifesta-se pela pálpebra superior caída e boca torta); tontura; e dificuldade de fala e de entendimento.
Hipertensão, diabetes, colesterol elevado, arritmia cardíaca, fumo, obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada são alguns dos principais fatores de risco. Embora a faixa etária que registre mais ocorrências é a acima dos 65 anos, a doença pode atingir até mesmo crianças.
O médico salienta também que cerca de 84% dos AVCs correspondem ao tipo isquêmico, quando há obturação das artérias - o restante são do tipo hemorrágico. Apesar de existir medicamentos que reduzem o número de mortes e gravidade das sequelas em 60% dos casos, a velocidade é o fator decisivo no socorro aos pacientes.
"A injeção pode ser utilizada somente se a aplicação for realizada até quatro horas e meia após o AVC isquêmico, pois reconstituir o fluxo depois desse tempo pode piorar o quadro", enfatiza Menzen.

Se detecção ocorrer a tempo, 90% dos casos podem ser prevenidos

Vice-presidente da World Stroke Organization, a organização mundial de AVC, e presidente da Rede Brasil AVC, a neurologista Sheila Martins, do Hospital Moinhos de Vento, destaca a importância de se saber reconhecer os primeiros sinais da ocorrência de um AVC. "Mais de 90% dos casos podem ser prevenidos se as pessoas conhecerem os seus fatores de risco, mas o AVC ainda é uma doença desconhecida. Saber reconhecer os sinais de alerta e chamar rapidamente o socorro pode salvar uma vida ou, pelo menos, diminuir as sequelas", explica.
Apesar de ter um alto índice de mortalidade, em todo o mundo, cerca de 80 milhões de pessoas são sobreviventes de um AVC. "Eles precisam de suporte da família, dos amigos e das instituições para que possam melhorar e se reintegrar à sociedade", conclui Sheila.