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Geral

- Publicada em 11 de Outubro de 2018 às 20:33

Orientação sexual teria motivado agressão na Cidade Baixa; Polícia Civil retoma investigação

De acordo com o delegado, este simbolo é referência do Budismo e não caracteriza crime neonazista

De acordo com o delegado, este simbolo é referência do Budismo e não caracteriza crime neonazista


FACEBOOK/DIVULGAÇÃO/JC
Luis Filipe Gunther
O caso da jovem agredida com um estilete na Cidade Baixa, em Porto Alegre, voltou a ser investigado pelo 1º Departamento de Polícia nesta quinta-feira (11). Apesar da vítima ter decidido não entrar com representação criminal por lesão corporal, a polícia investiga se o crime foi motivado por homofobia, tentativa de assalto ou estupro ou até mesmo uma comunicação falsa de crime.
O caso da jovem agredida com um estilete na Cidade Baixa, em Porto Alegre, voltou a ser investigado pelo 1º Departamento de Polícia nesta quinta-feira (11). Apesar da vítima ter decidido não entrar com representação criminal por lesão corporal, a polícia investiga se o crime foi motivado por homofobia, tentativa de assalto ou estupro ou até mesmo uma comunicação falsa de crime.
Desde ontem, a Polícia Civil está com um contingente de três equipes para buscar testemunhas da agressão. De acordo com o delegado Paulo César Jardim, responsável pelo caso e titular da 1º DP, até o final desta tarde não haviam sido encontradas fontes que confirmassem a agressão "Estamos procurando, inclusive contando com o apoio da imprensa, moradores locais e imagens de câmeras".
No primeiro depoimento feito pela agredida na terça-feira (9), o incidente teria ocorrido em frente ao colégio Pão dos Pobres no dia anterior. A jovem descreveu que estava descendo do ônibus quando três homens abordaram-a com ofensas verbais por estar usando uma camisa do movimento #EleNão, criado em oposição as ideias do candidato a presidência de Jair Bolsonaro (PSL). Após os xingamentos, os homens partiram para cima dela com socos, a seguraram e desenharam um simbolo na lateral do seu corpo com um objeto metálico, identificado como um canivete. De acordo com o delegado, houveram mudanças no depoimento: ela não estaria vestida com uma camisa do movimento #EleNão, e sim um adesivo com o desenho da bandeira LGBT que continha a hashtag. 
O delegado em seu primeiro contato com a imprensa disse que o simbolo desenhado na pele da menina era um símbolo budista e não a suástica nazista. Hoje, voltou a afirmar que o crime possivelmente não está ligado a movimentos neonazista, área em que Jardim é referência no Estado. "Não se qualifica como crime neonazista porque não foi motivado por crença, raça ou cor. Trata-se de crime um crime homofóbico. Porém não estamos descartando nada até conhecer os agressores", concluiu.
Ainda baseado no depoimento, a jovem não se recorda dos traços físicos dos agressores, aponta o delegado. "Questionei ela sobre detalhes dos agressores se eram altos, como estavam vestidos e ela não conseguia responder por estar nervosa. As únicas questões que ela respondeu com clareza foi que os três homens eram brancos e tinham cabelos curtos".
Jardim afirmou ainda que "os país da menina acompanharam o processo ontem e afirmaram que ela faz tratamento para síndrome do pânico e depressão".
Conforme Jardim, ela não queria registrar a ocorrência e nem prestar depoimentos. Ontem, ao final da tarde, a polícia voltou a entrevistar a vítima, que optou por não dar prosseguimento no processo. A jovem teria dito ao delegado que só registrou a ocorrência porque uma amiga pediu para poder publicar um material nas redes sociais, para denunciar a agressão, e para isso precisaria de um documento oficial.
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