Hospital Moinhos de Vento traz tecnologia inédita ao Estado

Proporcionando uma redução de até 85% nos níveis de exposição à radiação, o novo tomógrafo do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, está em operação há 15 dias. O equipamento, com capacidade para realizar de 80 a 90 exames por dia, custou R$ 6 milhões, e oferece uma tecnologia inédita na Região Sul do País.

A radiologista pediátrica Mariane Cibelle destaca o benefício viabilizado ao exame de crianças. "Como a criança, normalmente, não coopera para fazer os exames, muitas vezes, precisamos usar sedação. Com esse equipamento, o choro, a respiração espontânea e o movimento não dificultam a aquisição de imagens", explica.

Menos tempo na realização da tomografia se traduz em menor exposição à radiação e, também, em uma maior tranquilidade aos pais. As tomografias, agora, são realizadas em até cinco segundos.

Patrícia Fagundes, mãe do pequeno Théo, de dez meses, considera a chegada do tomógrafo uma benção. Há 40 dias, o menino foi diagnosticado com hepatoblastoma, um tipo de tumor de fígado, e a vida da família, de Rio Grande, teve uma reviravolta. "O Théo não responde bem à anestesia. Teve de fazer outras vezes e sempre demora a acordar. Com esse tomógrafo, ele não precisa de anestesia", desabafa.

A exposição à radiação, conforme explica o chefe do Serviço de Radiologia do hospital, Felipe Wagner, é uma preocupação constante. "Por mais que estejamos ajudando o paciente, ele está sendo exposto a uma dose de radiação que pode ser, a longo prazo, maléfica", argumenta. Considerando isso, qualquer redução nos níveis de exposição é considerada válida.