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- Publicada em 03 de Outubro de 2018 às 17:25

Após três anos do desastre, acordo de indenização é fechado para vítimas em Mariana

De acordo com o MP de Minas, acordo prevê 'reparação integral dos direitos dos atingidos'

De acordo com o MP de Minas, acordo prevê 'reparação integral dos direitos dos atingidos'


YASUYOSHI CHIBA/AFP/ARQUIVO/JC
Após quase três anos do rompimento da barragem na cidade de Mariana, em Minas Gerais, um acordo de indenização para as famílias afetadas foi fechado nesta terça-feira. A medida foi celebrada pelo Ministério Público daquele estado (MP-MG), por meio da 1º Promotoria de Justiça da cidade onde ocorreu o desastre da Barragem de Fundão, com as empresas Samarco, Vale e BHP.
Após quase três anos do rompimento da barragem na cidade de Mariana, em Minas Gerais, um acordo de indenização para as famílias afetadas foi fechado nesta terça-feira. A medida foi celebrada pelo Ministério Público daquele estado (MP-MG), por meio da 1º Promotoria de Justiça da cidade onde ocorreu o desastre da Barragem de Fundão, com as empresas Samarco, Vale e BHP.
De acordo com o MP de Minas, o acordo prevê a "reparação integral dos direitos dos atingidos em Mariana". A medida contempla os "danos materiais e danos morais", a partir de um levantamento feito com base em um cadastro que contém os dados das pessoas afetadas.
"O acordo já foi homologado. Ele encerra o processo e estabelece todas as regras para o pagamento das indenizações. Uma das regras é que será individualizado, então não é tabelada (a indenização). A Renova vai fazer uma proposta que deve contemplar o dano informado no cadastro de atingidos", disse o promotor Guilherme de Sá Meneghin. Ele, ainda conforme a reportagem, acrescentou que o termo coloca fim na ação principal movida pelo MP-MG na cidade.
Ainda segundo o MP, o acordo estipula três meses, a partir da entrega dos cadastros, para que as empresas e a Fundação Renova, que vai executar a reparação, façam as propostas de indenização. O passo seguinte são as negociações, com o prazo de um ano para serem concluídas. Em caso de descumprimentos, "multas serão aplicadas em favor dos atingidos".
O órgão esclareceu ainda que, caso alguém não se sinta contemplado pela proposta oferecida, existe a possibilidade de a vítima entrar com um pedido de "liquidação e cumprimento de sentença", com o objetivo de buscar a comprovação do valor que achar justo.
Além disso, as vítimas poderiam ter os direitos prescritos em 5 de novembro deste ano, data em que o desastre completará três anos. Com o novo entendimento, as vítimas terão mais três anos para entrar em acordo com as empresas e a Fundação Renova, ou " caso não fique satisfeito, entrar com a liquidação e cumprimento de sentença na Justiça por meio da Defensoria Pública."
"O processo de cadastro ainda está acontecendo. Até o momento, 900 núcleos familiares foram cadastrados, totalizando aproximadamente três mil pessoas. Isso somente em Mariana", afirmou Meneghin, que disse ainda não ser "possível estimar valores".
O MP de Minas explicou ainda, por meio de nota, que "parte das indenizações será paga com os valores da Ação Cautelar n. 0400.15.3839-1, que resultou no bloqueio de R$ 300 milhões das contas da Samarco, mas o montante total de indenizações não se limitará a esse valor".
A Samarco, por meio de nota, reforçou o compromisso com as comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão. A empresa informou que, até agosto deste ano, já foram gastos R$ 4,4 bilhões com as ações de reparação e compensação.
No comunicado, a empresa reiterou que "o acordo homologado nesta terça-feira é de suma importância para concluir o pagamento das indenizações aos moradores atingidos do município de Mariana".
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