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Geral

- Publicada em 25 de Setembro de 2018 às 22:21

Adolescentes da Fase terão novas escolas em abril

Ordem de início foi assinada ontem pela secretária Maria Helena Sartori

Ordem de início foi assinada ontem pela secretária Maria Helena Sartori


/MARCELO VAZ/DIVULGAÇÃO/JC
Isabella Sander
Abril de 2019 é o prazo previsto para a conclusão das obras de novas escolas para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Estado. Porto Alegre receberá quatro módulos. Uruguaiana, Santo Ângelo, Pelotas, Santa Maria e Caxias do Sul terão um cada. Também será construído um ginásio poliesportivo com 400 lugares no complexo da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) na Vila Cruzeiro, na Capital. Hoje, o Estado tem 1,3 mil adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, como internos ou em semiliberdade.

Abril de 2019 é o prazo previsto para a conclusão das obras de novas escolas para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Estado. Porto Alegre receberá quatro módulos. Uruguaiana, Santo Ângelo, Pelotas, Santa Maria e Caxias do Sul terão um cada. Também será construído um ginásio poliesportivo com 400 lugares no complexo da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) na Vila Cruzeiro, na Capital. Hoje, o Estado tem 1,3 mil adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, como internos ou em semiliberdade.

A assinatura da ordem de início da construção de um novo prédio para a Escola Estadual Senador Pasqualini, localizada dentro do Centro de Atendimento Socioeducativo Padre Cacique (Case-PC), na Zona Sul de Porto Alegre, ocorreu ontem. Atualmente, a escola funciona perto de quadras esportivas e dormitórios, o que dispersa a concentração dos jovens. O novo espaço será implementado em um anexo, mais distante. O prédio atual será usado em cursos profissionalizantes no contraturno escolar.

O investimento em cada módulo será de R$ 1,1 milhão, oriundo de financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), obtido por meio de convênio entre a Fase e a Secretaria Estadual de Educação. Os prédios têm como modelo uma escola já construída em Santa Maria, através de Termo de Ajustamento de Conduta.

Cada módulo terá sala de professores, secretaria, diretoria, banheiros e sete salas de aula, cada uma com previsão para comportar um professor e dez alunos por turno. No Case-PC, a oferta de turnos será ampliada - hoje, as aulas acontecem apenas pela manhã e à tarde. Como essa unidade possui em torno de 100 internos, não haverá demanda suficiente para usar as sete salas para aula. A intenção da Fase é utilizar dois dos espaços para montar uma biblioteca e um laboratório de informática. "É um investimento na qualificação da formação acadêmica do adolescente. Se o guri não estuda na Fase, não vai estudar em lugar nenhum", salienta o presidente da fundação, Robson Luis Zinn.

O investimento em educação não acaba quando o adolescente termina de cumprir sua medida socioeducativa. Quando sai do sistema, pode escolher ingressar no Programa de Oportunidades e Direitos (POD) Egresso, no qual o jovem é acompanhado durante os seis a 12 meses seguintes na oferta de cursos profissionalizantes e vagas de trabalho. Enquanto 32% dos meninos com passagem pela Fase voltam a cumprir medidas depois de sair, esse percentual cai para 8,6% de reincidência quando se trata de adolescentes inscritos no POD. Por isso, o número de vagas no programa foi ampliado de 180 para 1,1 mil.

Para a secretária estadual de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, trata-se de uma oportunidade para os jovens de construir um novo futuro. "Enquanto ele está aqui, pode estudar, se profissionalizar, fazer algum curso que desperte seu interesse e, quando sair, aderir ao POD, que também dará oportunidades, ou ao Jovem Aprendiz. Quando tiver 18 anos e chegar a uma empresa, já terá essa experiência, e seu futuro será diferente", pontua. Na visão de Maria Helena, a sociedade só mudará quando oportunidades forem oferecidas a esses adolescentes.

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