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Geral

- Publicada em 20 de Setembro de 2018 às 10:44

Skinheads que atacaram judeus em Porto Alegre são condenados a mais de 10 anos de prisão

Sentença que considerou os réus culpados foi lida após dois dias de julgamento

Sentença que considerou os réus culpados foi lida após dois dias de julgamento


TJRS/Divulgação/JC
A justiça gaúcha condenou, na noite desta quarta-feira (19), três skinheads, de ideologia neonazista, acusados de tentativa de homicídio contra judeus em Porto Alegre em 2005.
A justiça gaúcha condenou, na noite desta quarta-feira (19), três skinheads, de ideologia neonazista, acusados de tentativa de homicídio contra judeus em Porto Alegre em 2005.
Após dois dias de julgamento, a juíza Cristiane Busatto Zardo - da 2ª Vara do Júri do Foro Central I - leu a sentença que considerou os réus culpados por tentativa de homicídio triplamente qualificado, tendo entre as qualificadoras motivo torpe - crime cometido única e exclusivamente por discriminação às vítimas.
Laureano Vieira Toscani e Thiago Araújo da Silva foram condenados a 13 anos de prisão em regime inicial fechado. Fábio Roberto Sturm a 12 anos e oito meses. Thiago e Fábio poderão recorrer em liberdade.
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), os três atacaram as vítimas Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn na rua Lima e Silva, no Bairro Cidade Baixa. As vítimas usavam quipás, um chapéu pequeno típico da vestimenta judia, e foram ataca pelo grupo, que estava dentro do bar Pinguim quando avistou os rapazes em frente ao estabelecimento.
Conforme a denúncia, Rodrigo Fontella Matheus foi golpeado com facas, socos e pontapés. O crime só não se consumou pois a vítima foi auxiliada por pessoas que estavam no local e recebeu atendimento médico imediato. Edson e Alan também foram atacados pelo grupo, mas conseguiram fugir e pediram abrigo nos bares próximos.
Segundo o MP, os denunciados integram uma organização criminosa chamada Carecas do Brasil, facção de skinheads que prega preconceitos contra determinados grupos raciais e sociais, dentre eles, judeus, negros, homossexuais e punks.
Em nota, a Federação Israelita do RS (FIRS) diz que o resultado "traz a sensação de que a justiça foi feita". Conforme o presidente da entidade, Zalmir Chwartzmann, a decisão é inédita e "essencial para conscientizar sobre os perigos do discurso de ódio e da intolerância".
"O julgamento entra para a história da Justiça brasileira, não só para a comunidade judaica, mas para toda sociedade, que precisa combater o ódio e o discurso de ódio dos radicais", relatou Chwartzmann.
Outros seis réus do caso ainda passarão por julgamento.
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