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- Publicada em 05 de Agosto de 2018 às 22:58

Prefeitura planeja ocupação permanente do viaduto da Borges

Tereza e Natália foram ao viaduto da Borges para conferir iniciativa

Tereza e Natália foram ao viaduto da Borges para conferir iniciativa


MARCO QUINTANA/JC
Suzy Scarton
Desejo antigo de comerciantes e moradores da região, a ocupação do viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico de Porto Alegre, por food trucks, bike foods e trailers, ocorreu pela primeira vez neste fim de semana. Os comerciantes itinerantes ofereceram, no sábado e no domingo, mais de 450 porções de alimentação. A novidade foi anunciada na quinta-feira à noite, depois da retirada de pertences de moradores de rua que costumavam ocupar a parte de baixo do viaduto. Para hoje, está programada a ocupação da avenida Borges de Medeiros por vendedores de flores.
Desejo antigo de comerciantes e moradores da região, a ocupação do viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico de Porto Alegre, por food trucks, bike foods e trailers, ocorreu pela primeira vez neste fim de semana. Os comerciantes itinerantes ofereceram, no sábado e no domingo, mais de 450 porções de alimentação. A novidade foi anunciada na quinta-feira à noite, depois da retirada de pertences de moradores de rua que costumavam ocupar a parte de baixo do viaduto. Para hoje, está programada a ocupação da avenida Borges de Medeiros por vendedores de flores.
A ideia da prefeitura, ao manter o espaço com atividades comerciais, é evitar que moradores de rua voltem para lá. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luis Antônio Steglich, a intenção é ocupar o viaduto também nos dias de semana. "Vamos trabalhar para consolidar o local, para que seja mais um atrativo a empreendedores e visitantes", afirmou.
A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico entrou em contato com a Associação de Gastronomia Itinerante do Rio Grande do Sul (Agirs) na quinta-feira para viabilizar a ação-piloto. "A maioria dos nossos associados está indo para a orla (do Guaíba), mas conseguimos reunir esse grupo de cinco food trucks hoje (no domingo)", explicou o presidente da Agirs, Neno Guterres. No sábado, apenas dois carrinhos estiveram na Borges de Medeiros.
É difícil, no entanto, competir com a recém-inaugurada orla do Guaíba. Em um dia de sol como ontem, a sombra e o frio do viaduto atraíram poucos consumidores. Pedestres passavam pelo local, mas nem sempre paravam para se alimentar. Para que o fluxo seja satisfatório, a associação pretende pleitear a ocupação do local durante todos os dias da semana. "É a nossa vontade. Se for só no fim de semana, vai ser como enxugar gelo. Já vimos que os moradores de rua estão voltando para o outro lado da avenida", completou Guterres. Para ele, a ocupação pelo comércio significa a devolução de um patrimônio, que estava abandonado, à cidade.
A advogada aposentada Tereza Tapia, de 67 anos, concorda com Guterres. Moradora do bairro Petrópolis, ela foi ontem à tarde ao viaduto junto com a prima Natália Ana Miller, industriária aposentada de 73 anos, especialmente para prestigiar a iniciativa. "A cidade merecia uma ocupação do bem. Parece injusto com a população de rua, mas quem sustenta essa área invadida somos nós, não eles", disse, enquanto desfrutava de batatas fritas. Para Natália, a ocupação foi uma ótima ideia. "No verão, vai ser o máximo. Estava muito feio aqui."
O funcionário público Claumer Hunemeir, de 38 anos, também parou para tomar uma cerveja artesanal. Ele ficou sabendo da instalação do comércio pela imprensa e também aprovou a ideia. Apesar de trabalhar perto do viaduto, Hunemeir não costuma passar pelo local caminhando e ainda não tinha visto o viaduto liberado.
A transformação do espaço tem ocorrido gradualmente. De acordo com a Brigada Militar, uma mudança de estratégia, que envolve o policiamento fixo nos arredores do viaduto, tem feito com que os moradores de rua evitem o local. Até o momento, a prefeitura não esclareceu exatamente para onde esses moradores de rua se deslocaram, mas ações pontuais, como o fornecimento de passagens para que essas pessoas, se quiserem, possam voltar às cidades de origem, têm sido promovidas.
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