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Saúde

- Publicada em 01 de Agosto de 2018 às 01:00

Casos confirmados de sarampo chegam a 822 no Brasil

Meta é vacinar mais de 11,2 milhões de crianças em todo o País

Meta é vacinar mais de 11,2 milhões de crianças em todo o País


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O número de casos confirmados de sarampo no País em 2018 chegou a 822. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde e, segundo o balanço realizado até dia 18 de julho, cinco mortes foram confirmadas e 667 ocorrências da doença registradas, a maioria no Amazonas (519) e Roraima (272). Ambos os estados têm ainda 3.831 casos em investigação. Em 2016 e 2017, não foram registrados casos da doença no Brasil. 
O número de casos confirmados de sarampo no País em 2018 chegou a 822. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde e, segundo o balanço realizado até dia 18 de julho, cinco mortes foram confirmadas e 667 ocorrências da doença registradas, a maioria no Amazonas (519) e Roraima (272). Ambos os estados têm ainda 3.831 casos em investigação. Em 2016 e 2017, não foram registrados casos da doença no Brasil. 
O balanço foi apresentado pelo ministro Gilberto Occhi durante o lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite, prevista para ocorrer entre 6 e 31 de agosto. O investimento na compra de 28,3 milhões de doses das vacinas foi de R$ 160,7 milhões. A meta é vacinar mais de 11,2 milhões de crianças em todo o País, imunizando 95% do público-alvo da campanha - crianças com mais de um ano e menores de cinco anos. "Os casos de sarampo e de pólio foram banidos das doenças existentes no País há alguns anos e daí houve a queda da cobertura vacinal. As possíveis causas da queda são o sucesso da vacina, que faz com que as doenças desapareçam, o desconhecimento individual sobre o benefício da vacina e o horário de funcionamento das unidades de vacinação, que é incompatível com as atividades das famílias", afirmou o ministro, que também culpou as notícias falsas.
A poliomielite não é registrada no País desde 1989, mas casos estão surgindo no Afeganistão, na Nigéria e no Paquistão. Mesmo que a doença não esteja presente no Brasil, Occhi reafirmou a importância da vacinação. O ministro apontou que, em 2011, a cobertura da vacina contra a poliomielite era de 101,3%. Em 2017, caiu para 78,4%. No caso da primeira dose da vacina contra o sarampo, passou de 102,3% em 2011 para 85,2% em 2017. A segunda dose passou de 92,8% em 2014 para 69,9% em 2017.

Crianças já vacinadas terãode ser imunizadas novamente

Crianças que já tomaram as doses das vacinas contra sarampo e poliomielite vão precisar ser vacinadas novamente. "É o momento de chamar todas as crianças, criar uma barreira sanitária e corrigir possíveis falhas vacinais, porque as crianças podem não responder ao esquema, e dar um reforço adicional corrige essas falhas. Não tem o risco de a criança ficar sobrecarregada", explica Carla Domingues, coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações.
Não existe um intervalo mínimo entre as doses contra a poliomielite. No caso do sarampo, quem recebeu a primeira dose nos últimos 30 dias não deve tomar a segunda. Em junho, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o risco de retorno da poliomielite em, no mínimo, 312 cidades. Em 2017, pelo menos 800 mil crianças estavam sem o esquema completo de vacinação. Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e pela Organização Mundial da Saúde mostram que as taxas de vacinação aumentam no mundo, mas caem no Brasil há três anos.