A South Summit Brazil marcou presença em Porto Alegre, há uma semana, e ainda é pauta entre empreendedores

10 motivos para quem empreende ir a feiras de inovação


A South Summit Brazil marcou presença em Porto Alegre, há uma semana, e ainda é pauta entre empreendedores

Passada quase uma semana do encerramento do South Summit Brazil, em Porto Alegre, realizado pela primeira vez fora da Europa, empreendedores e empreendedoras conseguem entender mais claramente a importância de frequentar eventos como esse. Independentemente do tamanho do negócio que a pessoa tenha, há sempre algo a aprender, seja nas palestras, em reuniões ou até durante os bate-papos mais informais no cafezinho. Nestas páginas, listamos 10 motivos para não perder a próxima feira de inovação que rolar. 
Passada quase uma semana do encerramento do South Summit Brazil, em Porto Alegre, realizado pela primeira vez fora da Europa, empreendedores e empreendedoras conseguem entender mais claramente a importância de frequentar eventos como esse. Independentemente do tamanho do negócio que a pessoa tenha, há sempre algo a aprender, seja nas palestras, em reuniões ou até durante os bate-papos mais informais no cafezinho. Nestas páginas, listamos 10 motivos para não perder a próxima feira de inovação que rolar. 

1. Para fazer conexões

A espanhola María Benjumea, fundadora e presidente do South Summit, conta que esses eventos são pensados para acolher e gerar oportunidades para todos os negócios, sejam experientes ou iniciantes, grandes ou pequenos, já que empreendedores e empreendedoras precisam de conexões para crescer e expandir horizontes. "O importante é sempre ter a cabeça muito aberta e saber que tens que te adaptar permanentemente aos tempos, é como se abre a cabeça. Onde conversa com outras pessoas com as quais pode trabalhar conjuntamente, desenvolver o teu negócio e não morrer. Porque hoje tudo acontece tão rápido que, se não te adaptas, não fazes conexões, podes desaparecer", acredita María, garantindo que o objetivo é gerar conexões. "É um encontro integrador, de alto valor para todos", sintetiza.
Para a fundadora do South Summit, criam-se centenas de milhares de conexões, que é o que vai resultar em muitas oportunidades de negócios para todas as pessoas que assistem, porque são empreendedores, 'startupeiros', empresários, executivos. "Todos precisamos de todos", pontua. 
 

2. Para atrair olhares

Normalmente, os eventos de inovação têm pessoas de diferentes backgrounds reunidas em um mesmo espaço. Isabella Borghetti, CEO da BoomaTech, startup alocada em São Marcos, na serra gaúcha, que fabrica e desenvolve aplicações para o grafeno, material de nanotecnologia, foi uma das participantes da Competição de Startups que rolou no South Summit. E ela percebe que a visibilidade gerada é muito valiosa no caso da startup apresentar seu pitch - como aconteceu com a dela. Isabella conta que o intuito da BoomaTech, ao se increver no evento, era criar conexões e diminuir a distância de São Marcos para o mundo. "Nosso principal objetivo é buscar parcerias e clientes", afirma.
 

3. Para aprender sobre fracasso

Eventos de inovação são repletos de palestras que contam histórias bem sucedidas. Ideias inovadoras, estratégias 'de milhões', negócios que conquistaram grandes mercados inspiram e, claro, podem destravar chaves importantes para quem empreende. Mas é importante, também, ouvir sobre erros e fracasso. E foi isso que Flávio Steffens, diretor de relacionamento do Vakinha, levou para o público do evento. Por lá, ele contou os detalhes de quando criou uma plataforma para facilitar a venda online para o mercado da construção civil. O negócio não deu certo e ele perdeu R$ 50 mil. "Fui para o quadro branco com a minha equipe para ver todos os erros que cometemos. Foi assustador ver o quanto erramos, mas foi muito bom para não cometermos mais os mesmos erros. Cada fracasso tem um aprendizado, e isso nos torna melhores, faz com que a gente recomece, tente novamente, de uma maneira mais inteligente", pondera.
Isso pode ser feito, garante Flávio, na realidade de cada empreendedor. Para quem não tem muito capital para o processo de erros e acertos, ele indica começar com recursos acessíveis, para que se gaste dinheiro somente quando já existe um norte para escalar o negócio. "Tem uma frase que gosto: 'fracasse rápido, mas aprenda mais rápido ainda'."
 

4. Para ouvir verdades

Quantas vezes por dia você analisa o seu negócio e pensa sobre investir em diversidade? Normalmente, não dá tempo. Questões como essa não podem mais ser ignoradas. Cada dia mais, essa pauta integra a programação de eventos de inovação, como ocorreu no South Summit. Nina Silva, que nasceu em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e é fundadora do movimento Black Money, disse que "racismo é uma burrice econômica". A empreendedora foi considerada pela revista Forbes como a mulher mais disruptiva do mundo e, mesmo assim, segundo ela, não está em nenhum conselho de uma grande companhia. Ao longo do discurso, afirmou que diversidade amplia a lucratividade das empresas em 35%. "É mais dinheiro no bolso do acionista", garantiu.
Em determinado momento, Nina perguntou se havia alguma pessoa transgênera na plateia e ninguém levantou a mão. Ela comentou que não é mais possível não haver trans nos negócios.
 

5. Para projetar onde você quer estar

Sofia Braga e Lucca Kroeff, de 19 e 20 anos, respectivamente, aproveitaram o evento internacional que ocorreu em Porto Alegre, cidade em que nasceram, para se inspirar. A dupla, que está no início da faculdade de Ciências da Computação, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), pensa em abrir um negócio inovador. "Vimos que haveria várias startups da nossa área, tecnologia, e queríamos ter uma noção de como é. A gente comenta: 'quem sabe um dia não vai ser a gente aí?'", diz Lucca. Sofia destaca que a programação do South Summit tinha várias palestras que ensinavam a começar a empreender, o que desmistifica o assunto. Embora sonhem em abrir uma startup no futuro, acham que, primeiramente, vão em busca de um emprego tradicional para entrar na área, entender como funciona e criar conexões. "Além de segurança financeira", complementa Lucca. Mas tudo vai depender se não surgir alguma grande ideia antes.
 

6. Para se aproximar de quem toma as decisões

Daniele Schneider é agente de inovação da prefeitura municipal de Santo Ângelo e participou do South Summit para entender o que está acontecendo de mais novo no ecossistema de inovação mundial. Sua intenção é aplicar tudo que está aprendendo no Interior. A agente, que também é empreendedora, dona da escola de tecnologia Código Kid, acredita no potencial de levar contatos na bagagem. "Sempre tem alguém que se consegue falar, pessoas que são importantes dentro do ecossistema estadual e que fazem diferença na tomada de decisão", percebe. "Tudo isso ajuda dentro do processo de formação da nossa cidade", interpreta.
 

7. Para entender de fato a tecnologia

Marcius Magnon, dono da Tratoon Eventos, de Porto Alegre, aproveitou o South Summit para entender mais sobre tecnologia e suas aplicações em blockchain, NFTs e de criação de conteúdo em 3D. "Vou poder usar a experiência de imersão e até a questão de pagamentos e recebimentos nesse universo de criptoativos na minha empresa", prevê. O empreendedor diz que feiras assim são uma oportunidade para encontrar pessoas de outras áreas, o que gera relacionamento. "Tenho feito alguns contatos, mesmo sem ir muito atrás", afirmou.
 

8. Para ter ideias sustentáveis

Vinicius Silva, da govtech Shopping Cidadão, veio de São Paulo para participar do South Summit. Ele acompanha o evento desde quando era promovido na Europa. "Discutir como fazer um mundo melhor, como trabalhar a inovação para pensar o longo prazo com sustentabilidade sempre foi um tema que me encantou muito", revela. A govtech em que Vinicius atua como diretor de tecnologia desenvolve soluções para ajudar governos nos atendimentos públicos e na inclusão social. "Acabei de sair da arena que estão discutindo sustentabilidade e vi caminhos para criar negócios mais valiosos. Acendeu uma luzinha para possíveis ideias", contou.
 

9. Para decidir se vale a pena expor

Mariana Cruz, da empresa de compartilhamento de bicicletas Tembici e que opera o BikePoa, em Porto Alegre, veio de São Paulo para conhecer o South Summit. Entre suas intenções estava analisar o evento para decidir se é uma boa opção o negócio ser expositor nas próximas edições. "Superou minhas expectativas, é muito bem organizado, superinteressante", diz ela. Responsável pela área de relações governamentais, Mariana se interessa por assuntos como scale-ups e desenvolvimento de startups. Ela elogiou o app do evento para geração de networking e as salas de reuniões. A Tembici opera em Porto Alegre, São Paulo, Rio, Brasília, Recife e Salvador. No exterior, estão países como Colômbia, Argentina e Chile.
 

10. Para fazer parte da comunidade

Durante o South Summit, foi impossível não saber que algo grande acontecia em Porto Alegre, afinal movimentou o transporte, restaurantes e rede hoteleira. É muito importante fazer parte desses movimentos para não parecer que você está perdendo algo e ficar com a sensação de ser deixado para trás. Integrar o acontecimento já é uma experiência rica.