Isadora Jacoby

Além dos alunos, ela também auxiliou colegas com sobre atividades lúdicas para tornar a aprendizagem a distância mais eficiente

Professora usa tecnologia para manter o vínculo e a interação com os alunos

Isadora Jacoby

Além dos alunos, ela também auxiliou colegas com sobre atividades lúdicas para tornar a aprendizagem a distância mais eficiente

A trajetória de Fátima Rodrigues, 38 anos, na educação sempre esteve relacionada com a tecnologia. Por isso, quando a pandemia chegou e as aulas passaram a ser online, a professora pôde contar com recursos já conhecidos para manter a relação próxima e interativa com as crianças. Com a necessidade de compartilhar essas estratégias, ela ministrou um curso para outros educadores sobre atividades lúdicas para tornar o momento de aprendizagem a distância mais alegre e eficiente.
A trajetória de Fátima Rodrigues, 38 anos, na educação sempre esteve relacionada com a tecnologia. Por isso, quando a pandemia chegou e as aulas passaram a ser online, a professora pôde contar com recursos já conhecidos para manter a relação próxima e interativa com as crianças. Com a necessidade de compartilhar essas estratégias, ela ministrou um curso para outros educadores sobre atividades lúdicas para tornar o momento de aprendizagem a distância mais alegre e eficiente.
Quando tinha 18 anos, Fátima iniciou no Colégio Vicentino Santa Cecília, em Porto Alegre, como monitora de informática. Foi a partir dessa experiência que nasceu o desejo de cursar pedagogia. Em 2020, a professora estava no início de uma nova jornada profissional no Colégio Marista Assunção quando as aulas presenciais foram interrompidas em razão da pandemia. Naquele momento, ela já conciliava a atividade na escola com aulas de reforço, também presenciais, e foi preciso encontrar alternativas. “Moro com meu pai, que é idoso, e vi que não poderia ter esse risco de entrar e sair de casas diferentes. Foi aí que uma mãe me sugeriu dar aula online. Comecei com uma menina de educação infantil, de cinco anos, totalmente online”, conta Fátima, que teve nove alunos no formato ao longo do último ano.
Ela considera que a experiência foi positiva graças ao uso da tecnologia como recurso pedagógico. “Foi uma experiência muito boa e penso que vamos levar por muito tempo na nossa vida ainda. Nós temos um alcance muito grande de estudantes que podemos atender remotamente. Tive aluno até em São Paulo”, pontua a professora, que faz a ressalva sobre a importância também dos espaços físicos. “Não vamos tirar o mérito de estar dentro de sala de aula, que é muito melhor, mas é possível fazer aulas online, principalmente particulares. A minha experiência foi de resultados muito positivos. Crianças que continuam comigo mais seguras, confiantes. Penso que essa modalidade veio para ficar e podemos utilizar a nosso favor”, acredita.
A boa desenvoltura no formato fez Fátima e outras duas amigas também pedagogas criarem um curso voltado para outros profissionais da educação que ensinava recursos de interatividade. Foram cinco turmas em 2020, que reuniam, em cada uma, cerca de 15 participantes. “Muitos professores estavam precisando de auxílio para reinventar as suas aulas. Elaboramos um curso de jogos e atividades lúdicas no Power Point, porque é um recurso que quase todas as pessoas têm acesso”, explica, revelando que os encontros também foram importantes para a troca de experiências em um momento tão adverso. “Foi uma experiência muito boa, conhecemos pessoas da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro. Conseguimos fazer muitas trocas de conhecimento, de desabafos, de como estava sendo difícil ter ideias novas para facilitar e levar ludicidade para os nossos alunos, que também não estavam num momento fácil”, expõe Fátima. Apesar do sucesso, o trio não seguiu com o projeto neste ano, já que, considera Fátima, os professores se apropriaram mais dessas ferramentas, de modo que não existiria tanta demanda.
Mesmo com a volta das aulas presenciais, Fátima segue apostando nas aulas de reforço online, que custam a partir de R$ 65,00 por hora. O contato para mais informações pode ser feito via WhatsApp pelo número (51) 99106-2642. Para ela, uma das grandes vantagens é evitar o deslocamento, podendo conciliar as atividades extras com a rotina em sala de aula que, neste momento, está em modelo híbrido.
“Voltar e poder ver crianças que eu não conhecia pessoalmente foi muito emocionante. É um misto de preocupação diária pela segurança de todos, mas de alegria de poder estar com eles, sorrir pelo menos com olhos. No primeiro dia, tive um relato de um menino que me disse: ‘Prof., hoje é o dia mais feliz de toda a minha vida’, porque ele estava dentro de sala de aula”, emociona-se Fátima, que fica orgulhosa da resiliência das crianças no enfrentamento da pandemia. “Nós batemos palmas para os heróis que são os profissionais da saúde, mas também temos que aplaudir as crianças e estudantes, porque eles foram verdadeiros heróis. Segurar uma criança na frente de um computador, tendo uma qualidade mental e física, é muito difícil. Deixar de ir em uma pracinha, brincar com seus amigos, ver só a família. Para mim as crianças foram e são ainda heróis nesse sentido, porque eles aguentaram muito tempo”, considera Fátima.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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