Isadora Jacoby

Para celebrar as mais de duas décadas de existência, a marca ganhou uma nova identidade visual

Com 25 anos de mercado, Do Tambo planeja expansão

Isadora Jacoby

Para celebrar as mais de duas décadas de existência, a marca ganhou uma nova identidade visual

A Iogurtes Do Tambo, de Porto Alegre, aproveitou a comemoração dos 25 anos de existência para redesenhar a marca. Com isso, apresentou, recentemente, uma nova identidade visual para seus produtos. As novas embalagens têm como objetivo reforçar a tradição da produção de iogurtes de forma artesanal, fortalecendo a essência do nome Do Tambo, que remete ao local de onde se tira o leite da vaca. A mudança no design, no entanto, não foi a única reformulação na empresa, que planeja uma expansão na sua produção a partir da inauguração de um novo pátio fabril, com previsão de funcionamento no segundo semestre de 2022.
A Iogurtes Do Tambo, de Porto Alegre, aproveitou a comemoração dos 25 anos de existência para redesenhar a marca. Com isso, apresentou, recentemente, uma nova identidade visual para seus produtos. As novas embalagens têm como objetivo reforçar a tradição da produção de iogurtes de forma artesanal, fortalecendo a essência do nome Do Tambo, que remete ao local de onde se tira o leite da vaca. A mudança no design, no entanto, não foi a única reformulação na empresa, que planeja uma expansão na sua produção a partir da inauguração de um novo pátio fabril, com previsão de funcionamento no segundo semestre de 2022.
A fundadora da Do Tambo, Maria Inês Terrazas, conta hoje com a sociedade de sua filha, Gabriela Terrazas, para tocar o negócio. Gabriela atua como diretora executiva da empresa desde 2017. Nesta entrevista, ela fala sobre os desafios de reinventar uma marca com uma trajetória longa de mercado e revela os planos de crescimento para o futuro. 
GeraçãoE - Quais os desafios de estar há 25 anos no mercado? O que fez a marca construir essa trajetória longeva?
Gabriela Terrazas - Poucas palavras resumem: persistência e muito amor pelo negócio, pois não é fácil empreender no País. Temos que ser muito persistentes. Pelo que acompanhei desde pequena, os desafios foram se transformando ao longo deste quarto de século junto com o ciclo de vida da empresa. Desafios que faziam parte do início da jornada já não se fazem mais presentes. Hoje, acreditamos que o nosso maior desafio (e o de muitos outros empresários) tem sido a pandemia. Nosso maior estímulo agora são os passos que estamos tomando para expandir os negócios para outros estados. Alguns dos passos que tomamos foram: o redesign de marca e embalagens, investimento em treinamentos e tecnologia e construção de um novo pátio fabril, por exemplo.
GE - Como foi a decisão de mudar a identidade visual e o que se deseja transmitir com os novos rótulos?
Gabriela - Em mais de 25 anos, nunca tínhamos feito um redesenho de marca. Fazia tempo que estávamos sentindo que a marca precisava de um "up", e nada melhor que 25 anos para realizar esta reapresentação. Nosso produto é um iogurte premium com insumos da melhor qualidade, com frutas cortadas e colocadas manualmente nos potes. Um processo artesanal que gostaríamos de ressaltar. Queríamos que a marca transmitisse esse selo quase como de um empório, uma boutique do iogurte. Pensando em nossos consumidores, buscamos mais leveza ao trazer as informações na embalagem. O sabor agora fica na frente do pote e a tabela nutricional e lista de ingredientes tem maior legibilidade.
GE - A marca vende diretamente para o consumidor final por meio de apps de delivery. Por que investir nesse contato direto com o cliente?
Gabriela - Somos uma indústria, mas são eles que nos consomem. E, mesmo através de pontos de venda, são eles que queremos ouvir, com eles que queremos falar. É muito importante acompanhar o nosso consumidor final, pois as situações de consumo se modificam de acordo com os perfis. Muitas pessoas optam pela praticidade de já estar em um supermercado e comprar seus iogurtes junto do rancho da semana. Já outros, preferem ir em uma loja de produtos naturais e nichados para comprar coisas bem específicas. Quanto aos apps de delivery, notamos que são usados por aqueles consumidores que querem receber imediatamente. E temos os clientes que usam a nossa tele-entrega direta de fábrica, que preferem receber os iogurtes com dia e hora marcada. Por isso, esse contato é tão importante. Conhecer nossos clientes e entender seus momentos de consumo faz com que possamos estar presentes no seu dia a dia.
GE - Como será o novo pátio fabril e quais incrementos deve trazer para a Do Tambo?
Gabriela - O novo pátio fabril está localizado no 4º Distrito de Porto Alegre, e teremos capacidade de produção quadruplicada comparando com a nossa capacidade atual. O quadro de funcionários deve ser ampliado conforme a expansão de vendas, bem como os empregos indiretos. Quanto a expansão de vendas, será um processo gradativo, pois temos muito zelo com a nossa marca e de como o nosso produto chega no ponto de venda.
GE - Como é planejar uma expansão desse porte em meio à pandemia?
Gabriela - Nada fácil. Nosso plano de expansão iniciou antes da pandemia, em meados de 2017. Com a pandemia, as situações estão mudando praticamente a cada minuto e, consequentemente, as decisões também. Com isso, temos que nos adaptar sempre muito rápido e nossos objetivos têm que estar sempre muito claros.
GE - Qual o maior aprendizado desses 25 anos de existência e qual foi a maior lição - que ainda não tinha sido aprendida - da pandemia?
Gabriela - O maior aprendizado destes 25 anos de existência, perguntei diretamente à minha sócia e mãe: "A persistência. Uma marca de sucesso (independentemente de qual seja ela) deve ser criada com base na confiança e isso demanda tempo". Já a lição da pandemia é a resiliência e a capacidade de se adaptar rapidamente. Aceitar que algumas coisas estão sob o nosso controle e o outras não. Então, como infelizmente não controlamos a pandemia, focamos em nossos esforços, pois eles estão no nosso preparo e no nosso controle.
GE - Como é empreender ao lado da mãe? Que vantagens isso traz para o negócio?
Gabriela - Pelo que acompanho, muitas vezes quando uma empresa tem pais e filhos pode acontecer divergências e disputas de poder, onde o fundador ou o mais velho vê a empresa como um filho e tudo deve ser feito do seu jeito e, o mais novo quer modificar tudo. E isso, a meu ver, não é legal. Deve ocorrer muita troca nesse processo. Claro que sair da zona de conforto é desafiador. Mas, por aqui, a sucessão tem sido muito tranquila. Sinto que uma complementa o conhecimento da outra. Prática e teoria, novidades e tradições, tudo aqui se completa. A vantagem que isso traz para o negócio é, sem dúvidas, a confiança. E poder aprender com quem está aqui há mais tempo e disposta a transmitir todo seu conhecimento.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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