Isadora Jacoby

Segundo o CEO da Nave.rs, uma empresa forte vem de uma cultura forte e pessoas muito boas trabalhando

Software house de Pelotas cresce três vezes mais na pandemia

Isadora Jacoby

Segundo o CEO da Nave.rs, uma empresa forte vem de uma cultura forte e pessoas muito boas trabalhando

Com o objetivo de ajudar empresas a criarem produtos digitais de acordo com as suas necessidades, a Nave.rs, software house de Pelotas, viu sua demanda crescer no último ano. Em razão da pandemia e da consequente digitalização dos negócios, a Nave.rs triplicou o seu faturamento em um ano. Agora, a meta para este ano é crescer quatro vezes mais. Mas nem só de números positivos é feita a trajetória do empreendedor gaúcho Matheus Danemberg, CEO da empresa. Antes de criar a Nave.rs, ele conta que fechou mais de três negócios e considera essa experiência fundamental para os resultados atuais. "Já tinha aberto e fechado cerca de três startups e quis ter uma software house para construir produtos. Fiz o site, comprei o domínio, e, no começo, éramos uma empresa especializada em construir MVPs (Mínimo Produto Viável) para startups em estágio inicial. Depois, fomos crescendo para clientes mais robustos e desenvolvendo diversas frentes de projetos. Vi que falar a linguagem do fundador, aquele que dá a vida pelo negócio, faz a diferença", acredita o CEO. 
Com o objetivo de ajudar empresas a criarem produtos digitais de acordo com as suas necessidades, a Nave.rs, software house de Pelotas, viu sua demanda crescer no último ano. Em razão da pandemia e da consequente digitalização dos negócios, a Nave.rs triplicou o seu faturamento em um ano. Agora, a meta para este ano é crescer quatro vezes mais. Mas nem só de números positivos é feita a trajetória do empreendedor gaúcho Matheus Danemberg, CEO da empresa. Antes de criar a Nave.rs, ele conta que fechou mais de três negócios e considera essa experiência fundamental para os resultados atuais. "Já tinha aberto e fechado cerca de três startups e quis ter uma software house para construir produtos. Fiz o site, comprei o domínio, e, no começo, éramos uma empresa especializada em construir MVPs (Mínimo Produto Viável) para startups em estágio inicial. Depois, fomos crescendo para clientes mais robustos e desenvolvendo diversas frentes de projetos. Vi que falar a linguagem do fundador, aquele que dá a vida pelo negócio, faz a diferença", acredita o CEO. 
Hoje, mais de 50 empresas tiveram seus produtos digitais desenvolvidos pela Nave.rs, que atende nomes como Conexia Educação e Grupo ZAP. "Resolvemos um problema, que é a falta de know-how de tecnologia de ponta que existe dentro das grandes empresas. Nossa equipe oferece um atendimento próximo e consultivo, que se integra aos clientes. Mais do que entregas sob demanda, trazemos uma consultoria em projetos digitais", explica o CEO.
Para 2021, a Nave.rs espera, além do crescimento no faturamento, ampliar seu quadro de colaboradores e de clientes. A cultura de equipe, destaca Matheus, é um dos lemas da empresa. "Primeiro cuidamos da equipe e do que faz sentido para nossos clientes, depois do lucro", diz.
Nesta entrevista, Matheus fala sobre o processo de desenvolvimento de produtos digitais personalizados e como a sua experiência em outros projetos ajudou a construir o negócio. 
GeraçãoE - Quais são e como funcionam os serviços oferecidos pela Nave.rs?
Matheus Danemberg - Ajudamos empresas a construírem, a partir de suas necessidades, produtos digitais completos. Isso significa que atuamos na criação de plataformas, aplicativos e soluções tech para outras empresas com o diferencial de que sempre nos alinhamos com os objetivos de negócio do cliente, de maneira consultiva e ágil. Em resumo, antes de escrever a primeira linha de código, fazemos uma imersão nas necessidades de quem nos contrata para então chegar na solução mais adequada. Nada do que fazemos é criado antes de muito estudo e planejamento.
GE - Estar à frente de uma software house foi um bom negócio no último ano com as mudanças trazidas pela pandemia?
Matheus - Sim, foi um bom negócio. Por consequência da pandemia, as empresas tiveram que se reinventar digitalmente, criando aplicativos, plataformas e soluções digitais para atender seus clientes e também demandas internas durante o isolamento social. O faturamento da Nave.rs ter triplicado durante esse ano de pandemia se torna uma evidência disso.
GE - Como a experiência anterior à frente de outras startups que fecharam agregaram ao teu negócio hoje?
Matheus - Algo que aprendi com minhas experiências anteriores foi pensar no problema antes de desenvolver qualquer solução. Também notei os contratempos que acontecem por conta da falta de uma cultura organizacional. Na Nave.rs, decidi corrigir essas falhas do passado e, desde o início, começamos preocupados com recrutamento e gestão. Uma empresa forte vem de uma cultura forte e pessoas muito boas trabalhando.
GE - Hoje, quais são os desafios de atuar em um mercado que foi aquecido em razão da crescente digitalização? Há mais concorrência?
Matheus - A concorrência sempre irá existir. No entanto, a vantagem da Nave.rs é que ela compreende os clientes em sua totalidade. Muitas empresas recorrem a serviços de tecnologia terceirizados que irão apenas replicar o que elas querem, mas não o que elas realmente precisam. Nosso diferencial está nisso.
GE - Ter uma sede física longe das capitais é um desafio para o negócio?
Matheus - O ecossistema de inovação do Rio Grande do Sul é bem aquecido. Desde o início da Nave.rs, nossos principais clientes estão em São Paulo. Essa combinação, juntamente com a força da nossa equipe para entregar soluções com tanta qualidade como a de pólos em São Paulo, nos deu força para seguirmos expandindo horizontes. E hoje, com a digitalização da comunicação, as distâncias ficaram menores. Fazemos reuniões com pessoas de diversas partes do país e do mundo diariamente.
GE - Como um empreendedor pode identificar qual o produto digital mais adequado para o seu negócio?
Matheus - O empreendedor pode identificar qual produto digital é mais adequado para seu negócio contratando especialistas que compreendam exatamente a necessidade dele. Aqui, conseguimos criar o Mínimo Produto Viável (MVP) para cada empresa que nos contrata a partir do que os empreendedores nos trazem.
GE - É sempre vantajoso investir em um caminho próprio de digitalização, como ter seu próprio aplicativo, por exemplo?
Matheus - Não existe uma solução perfeita, tanto o aplicativo próprio quanto usar APIs em plataformas já existentes são práticas que podem funcionar para diversas situações. Por isso, reforço que antes de investir tempo e dinheiro em uma solução que não seja a mais adequada para a finalidade que se quer, o mais importante é falar com especialistas que entendam sua dor.
GE - Que cuidados são fundamentais na hora de desenvolver um produto digital?
Matheus - É importante garantir que, antes de despender grandes investimentos em desenvolvimento de tecnologia, tenham-se esgotado as validações e descobertas do problema que esse produto resolverá. Existem muitas técnicas e ferramentas hoje no mercado que especialistas utilizam para ter um processo assertivo nesse momento inicial de descoberta.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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