Guilherme Jacques

E não só as empresas foram apoiadas, os funcionários também

Cabeleleira recebeu apoio do governo londrino para se manter durante a pandemia

Guilherme Jacques

E não só as empresas foram apoiadas, os funcionários também

A avaliação da hairstylist Fernanda Nabuco, 38 anos, é de que a pandemia do novo coronavírus não lhe trouxe grandes impactos. Natural de São José do Rio Preto, em São Paulo, ela vive em Londres há 15 anos, mas foi em 2009 que abriu o atelier de hairdressing que leva seu nome. Segundo a empreendedora, não apenas o tempo de operação e clientes fiéis garantiram a estabilidade em tempos de crise. Ela cita vários fatores, entre eles, a atuação governamental e uma visão futurista em relação ao seu modelo de negócio.
A avaliação da hairstylist Fernanda Nabuco, 38 anos, é de que a pandemia do novo coronavírus não lhe trouxe grandes impactos. Natural de São José do Rio Preto, em São Paulo, ela vive em Londres há 15 anos, mas foi em 2009 que abriu o atelier de hairdressing que leva seu nome. Segundo a empreendedora, não apenas o tempo de operação e clientes fiéis garantiram a estabilidade em tempos de crise. Ela cita vários fatores, entre eles, a atuação governamental e uma visão futurista em relação ao seu modelo de negócio.
A visão futurista, a qual ela se refere, surgiu com a experiência. Antes do próprio salão, Fernanda atuou como cabeleireira móvel, indo até a casa das clientes. Depois, passou a alugar espaço em um salão da capital inglesa prática que é comum por lá. A relação com as clientes antes de buscar seu próprio imóvel esteve sempre alicerçada em um atendimento de proximidade e exclusividade, que foi levado para o atelier desde a inauguração. "Eu brinco que sai à frente por ser futurista, porque o nosso atendimento sempre foi muito artesanal e intimista. Somos três profissionais e cada uma recebe apenas uma cliente por vez, com horário marcado, em um espaço amplo. Então, já existia o distanciamento físico no salão. O que mudou mesmo foi a obrigatoriedade do uso de máscaras e álcool gel, a medição de temperatura na chegada e a higienização com os produtos específicos", explica.
No entanto, mesmo observando cuidados, a operação nem sempre foi possível - a Inglaterra enfrentou uma série de períodos de lockdown, inviabilizando completamente o funcionamento de atividades consideradas não essenciais. Nestes períodos, a atuação do governo, liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, com fornecimento de suporte aos empresários e trabalhadores, foi fundamental. "O governo aqui é muito organizado. A partir do momento que o lockdown é decretado, que tudo fecha, ele se responsabiliza. O aluguel comercial é extremamente caro, então, se não houvesse um incentivo para que os pequenos empreendedores pudessem manter essa despesa em dia, provavelmente, a gente não conseguiria retornar. E não só as empresas foram apoiadas, os funcionários também. O governo pagou 80% do salário base", conta.
Atualmente, Londres experimenta um momento que é esperado por muitos. Desde o dia 12 de abril, uma nova fase de relaxamento das restrições teve início. "As coisas já estão no clima da 'volta ao normal'", comemora.
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