Guilherme Jacques

A Imunobiotech pretende desenvolver outros tipos de ferramentas para diagnóstico de doenças infectocontagiosas

Empresa de biotecnologia completa um ano com aumento da capacidade de produção

Guilherme Jacques

A Imunobiotech pretende desenvolver outros tipos de ferramentas para diagnóstico de doenças infectocontagiosas

Quando, em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a disseminação do novo coronavírus como pandemia, empresas ligadas ao setor de soluções em saúde iniciaram uma corrida contra o tempo. Era preciso atender a uma demanda sem precedentes por insumos preventivos, como álcool em gel, máscaras e luvas, além de oferecer testes para detecção da doença.
Quando, em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a disseminação do novo coronavírus como pandemia, empresas ligadas ao setor de soluções em saúde iniciaram uma corrida contra o tempo. Era preciso atender a uma demanda sem precedentes por insumos preventivos, como álcool em gel, máscaras e luvas, além de oferecer testes para detecção da doença.
Para testagem, no entanto, as opções no mercado, desenvolvidas a partir do aparecimento da infecção, eram limitadas e caras. As soluções não tardaram a aparecer, colocando novas alternativas de testagem no mercado - e, inclusive, novas empresas no jogo.
Foi o caso da Imunobiotech, que nasceu na esteira da pandemia, como resultado de uma força-tarefa de empreendedores, pesquisadores e investidores em busca de soluções para serem apresentadas e introduzidas no mercado. Segundo o diretor-técnico da empresa, Fernando Kreutz, uma das características mais tradicionais da área de biotecnologia é o longo tempo para o desenvolvimento de produtos. A demora, que costuma afastar investidores da área, foi, porém, abreviada com o lançamento do ImunoScov19, um teste que quantifica anticorpos contra a Covid-19, colocado no mercado de forma inovadora no Brasil em junho do ano passado.
O exame custa R$ 180,00 e possui um método diferenciado, que permite a autocoleta de amostras de sangue, adotando a tecnologia de papel filtro, semelhante ao teste do pezinho em recém-nascidos. Deste modo, o paciente pode realizar o procedimento em casa e encaminhar o material para análise no laboratório. O teste, que possui confiabilidade de 98,8%, identifica pacientes que já sofreram infecção pela Covid-19 ou que possuem algum grau de imunidade cruzada com o vírus, inclusive decorrente da vacina.
Quase um ano depois, a empresa aumenta a sua capacidade para uma produção possível de 1 milhão de testes, que devem atender a demanda de todo o Brasil, tendo em vista a facilidade logística da análise. Fernando atribui o resultado, em um segmento que se tornou ainda mais competitivo, a uma série de fatores. "Nós utilizamos uma estrutura robusta, que agilizou bastante o desenvolvimento do ImunoScov19 e contamos com muitas parcerias estratégicas. O fator pessoas, com profissionais competentes também é importante. Trabalhamos para o consumidor conseguir entender o valor agregado da tecnologia no produto", destaca.
Além do teste de anticorpos da Covid-19, a Imunobiotech pretende desenvolver outros tipos de testes para diagnóstico de doenças infectocontagiosas, produtos para detecção de hormônios e outras doenças. "O setor de biotecnologia é a grande estrela do cenário que nós estamos vendo hoje. Testagem, vacinação, tudo tem dependido do setor. Ainda estamos dimensionando a possibilidade de aplicar a rapidez que vimos agora no desenvolvimento de outros produtos. Mas a pandemia deixará algumas coisas de legado, entre elas, essa compreensão sobre a importância da imunologia, a praticidade de se poder fazer um exame sem sair de casa e a capacidade aplicar, de fato, as soluções na resolução dos problemas", comenta.
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