Isadora Jacoby

Raquel Suertegaray está à frente da Pirlimpimpim há 10 anos

Psicóloga acredita na escola como um espaço de saúde para os pequenos

Isadora Jacoby

Raquel Suertegaray está à frente da Pirlimpimpim há 10 anos

"Ficou um sentimento de vitória". Assim Raquel Suertegaray, 42 anos, avalia os impactos da pandemia no seu negócio. A psicóloga comanda, há 10 anos, a Pirlimpimpim, escola privada de educação infantil de Porto Alegre. Frente aos desafios e incertezas que o abre e fecha das escolas trouxe, predomina, para a empreendedora, o orgulho de ter mantido integralmente sua equipe e a estrutura da escola para iniciar um novo ano letivo.
"Ficou um sentimento de vitória". Assim Raquel Suertegaray, 42 anos, avalia os impactos da pandemia no seu negócio. A psicóloga comanda, há 10 anos, a Pirlimpimpim, escola privada de educação infantil de Porto Alegre. Frente aos desafios e incertezas que o abre e fecha das escolas trouxe, predomina, para a empreendedora, o orgulho de ter mantido integralmente sua equipe e a estrutura da escola para iniciar um novo ano letivo.
O espaço, que funciona na rua Professor Álvaro Alvim, n° 310, no bairro Rio Branco, nasceu da crença de Raquel na escola como um ambiente preventivo em relação às demandas emocionais das crianças. Com uma atuação prévia em consultório e abrigos de crianças e adolescentes, foi na educação infantil que ela encontrou o seu percurso como empreendedora. "A principal proposta da escola é oferecer um espaço de saúde, que possibilite um desenvolvimento integral, onde as crianças sejam acolhidas de forma afetiva, olhadas pela sua individualidade, sem colocar em uma forma. A ideia é justamente não perder de vista que as crianças são diferentes. Cada uma tem a sua individualidade, e isso precisa ser levado em conta", explica Raquel, sobre a proposta do negócio.
A pandemia trouxe, segundo Raquel, contrastes para a sua rotina na gestão. Ao passo que o momento desafiador tornou a equipe mais unida e coesa, as dificuldades da evasão de alunos e a falta de proximidade física tornaram os dias mais difíceis. "Senti um forte propósito da equipe de manter a escola de pé, me senti muito amparada. Mas, enquanto gestora, foi um ano de solidão. Decisões difíceis precisavam ser tomadas, tinha que se lidar com um desafio de manter a escola funcionando, uma necessidade permanente de reduzir custos todos os meses, porque a receita ia diminuindo. A cada mês, perdíamos mais alunos, e, ao mesmo tempo, se entendia as famílias, as dificuldades que estavam passando. Então, tive que lidar com afetos contraditórios, porque cada aluno que saía colocava a manutenção da escola e da equipe em cheque", pontua Raquel. Hoje, são 42 alunos matriculados, mas chegou a perder metade ao longo do último ano.
Para aproximar as crianças, as estratégias foram diversas, desde entrega do feijão que era servido nas refeições até kits pedagógicos. "Fizemos questão de que pessoas da equipe entregassem e que as crianças pudessem nos ver para ter essa troca. Durante a pandemia, montamos uma biblioteca do lado de fora da porta da escola. As crianças podiam fazer revezamento para buscar livros", conta Raquel, sobre as estratégias.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

Leia também

Deixe um comentário