Sistema de votação remota que passou a ser utilizado por vereadores foi criado por empresa do Vale do Sinos

Uma solução para o funcionamento do Legislativo


Sistema de votação remota que passou a ser utilizado por vereadores foi criado por empresa do Vale do Sinos

Um aplicativo que oferece às Câmaras de Vereadores a possibilidade de votação remota fez crescer a procura em uma empresa de São Leopoldo durante a pandemia. O curioso é que o app foi pensado antes mesmo de qualquer menção ao novo coronavírus surgir nos noticiários. "A primeira versão foi criada há dois anos com o propósito de promover sustentabilidade e transparência", conta Alvaro Guilherme Groth, sócio proprietário da Legislativa Informações Eletrônicas. Ele, que é analista de sistemas e tem 56 anos de idade, é um dos idealizadores do votei.app.
Um aplicativo que oferece às Câmaras de Vereadores a possibilidade de votação remota fez crescer a procura em uma empresa de São Leopoldo durante a pandemia. O curioso é que o app foi pensado antes mesmo de qualquer menção ao novo coronavírus surgir nos noticiários. "A primeira versão foi criada há dois anos com o propósito de promover sustentabilidade e transparência", conta Alvaro Guilherme Groth, sócio proprietário da Legislativa Informações Eletrônicas. Ele, que é analista de sistemas e tem 56 anos de idade, é um dos idealizadores do votei.app.
Alvaro explica que a estrutura necessária para que se realize uma sessão do plenário nas câmaras municipais sempre foi motivo de preocupação. "Os computadores trazem alto custo aos cofres públicos", aponta. Assim, o votei.app nasceu com a proposta de levar aos smartphones o sistema de votação legislativa e diminuir o orçamento dos municípios. Em Sapucaia do Sul, o aplicativo foi testado pela primeira vez. De lá para cá, São Leopoldo, Campo Bom, Igrejinha, Nova Santa Rita e Veranópolis também aderiram ao sistema - todos após o início da pandemia.
"Quando a Câmara de São Leopoldo adotou as reuniões virtuais, viu a necessidade de superar o distanciamento social para seguir legislando. Nós tínhamos a resposta rápida que a situação exigia", disse o empresário. Naquele momento, a Legislativa, que desde 2004 trabalha oferecendo sistemas legislativos às assembleias municipais, já operava em algumas câmaras do Estado com o Legis, um sistema de tramitação de projetos de lei. Desde então, houve um crescimento entre 25% e 30% nas receitas da empresa. Hoje, os municípios que compõem a carteira de clientes da Legislativa pagam R$ 600,00 por mês para ter acesso ao votei.app ou R$ 1,5 mil, também mensais, pelo Legis, que vem com o sistema de votação remota incluso.
E se a votação é remota, a instalação também é. Alvaro afirma que, em menos de 2h, consegue fazer de casa a criação dos sistemas de uma câmara para o aplicativo. Em relação às questões contratuais com o poder público, ele lembra que serviços de até R$ 17,6 mil dispensam licitação durante a pandemia o valor subiu para R$ 50 mil. Ainda assim, algumas câmaras têm optado pelo processo licitatório, o que o empresário aprova. "Nossa empresa é marcada pela transparência. Nunca tivemos um apontamento no Tribunal de Contas", pontua.
De acordo com o empresário, as projeções são de que a empresa seguirá crescendo, mesmo depois da pandemia. Uma extensão de cada sistema legislativo está disponível para download nas lojas de aplicativos e registra os resultados das votações das sessões na câmara, oferecendo transparência à população.
Ele revela, ainda, que administrações municipais de Minas Gerais, São Paulo e Bahia procuraram a empresa nos últimos meses, mas o foco, agora, é expandir o número de câmaras no Rio Grande do Sul. Atualmente, a Legislativa atende 13 dos 497 municípios do Estado.

Leia também

Deixe um comentário