Isadora Jacoby

A aposta inicial da Leveza em Cor são as máscaras de tecido

Empreendedora cria marca artesanal pelo viés da sustentabilidade

Isadora Jacoby

A aposta inicial da Leveza em Cor são as máscaras de tecido

Em 2020, surgiram muitos novos negócios com um mesmo produto: máscara. A demanda, inexistente antes da pandemia, só cresceu ao longo dos meses, fez com que muitas pessoas apostassem na produção do item e dessem os passos iniciais em um projeto próprio. 
Em 2020, surgiram muitos novos negócios com um mesmo produto: máscara. A demanda, inexistente antes da pandemia, só cresceu ao longo dos meses, fez com que muitas pessoas apostassem na produção do item e dessem os passos iniciais em um projeto próprio. 
Cris Tronco, 34 anos, trabalhava como fotógrafa e viu, em poucos dias, sua agenda ficar vazia para o ano todo. O tempo ocioso e a proximidade com o artesanato impulsionaram a empreendedora a criar a Leveza em Cor, marca de artesanato consciente. "Tenho muito o viés da sustentabilidade, de gerar menor impacto ambiental possível. Comecei a pesquisar sobre as máscaras de tecido e tirei a minha máquina que estava há cinco anos no armário para costurar, presentear e doar para as pessoas do meu círculo", conta Cris, que prioriza tecidos de reuso.
Os amigos e familiares que receberam os itens como presente começaram a encomendar, dando vida ao novo negócio de Cris. As máscaras estão disponíveis à pronta-entrega e custam R$ 14,00. Mesmo que o negócio tenha surgido em função das máscaras, a empreendedora aproveitou o movimento para realizar um sonho antigo: empreender com artesanato e sustentabilidade. "Fazer uma coisa que juntasse o artesanato com a preocupação ambiental e relações mais éticas de troca comercial era algo que sempre quis, mas pensava para o futuro. Criei a marca com um nome mais genérico para, aos poucos, ir incorporando outros itens com esse viés de sustentabilidade, de produção local", explica.
As máscaras da Leveza em Cor, quando não estiveram mais em condições de uso, podem ser devolvidas para Cris, que afirma dar o destino correto para o produto. "Tecido é um grande problema, porque aqui no Brasil é muito complicado de reciclar. Não é uma coisa que pode ser colocada no lixo comum, nem seco nem orgânico. Fiz uma parceria com a Arco Reciclagem e Compostagem, que gerencia resíduos sólidos para outras empresas, enviando para cooperativas que realmente vão reciclar cada tipo de material. Normalmente, encaminharíamos 70% do nosso lixo para o aterro, e, com esse gerenciamento otimizado, agora só 10% vai para lá", afirma.
Para a empreendedora, estruturar um novo negócio foi prazeroso e desafiador. "Fui aprendendo com o processo, muito na tentativa e erro, desde o modelo até as postagens e embalagens. Não tenho medo de testar e ver que não deu certo, e não espero a coisa estar pronta para jogar no mundo", relata Cris, que planeja seguir com o projeto no futuro. "Se ela não se tornar a minha principal atividade, vai estar em paralelo com a fotografia. É um espaço de artesanato consciente e com uma preocupação ambiental, uma coisa que eu quero levar para a vida."
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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