Isadora Jacoby

A Flowork passou a disponibilizar cadeiras e estações de trabalho durante a pandemia

Coworking oferece kit home office em Porto Alegre

Isadora Jacoby

A Flowork passou a disponibilizar cadeiras e estações de trabalho durante a pandemia

A pandemia de Covid-19 impactou diretamente as formas de trabalho. De um dia para o outro, diversas empresas aderiram ao formato de trabalho remoto a fim de evitar o contágio entre os funcionários, que tiveram de adaptar as suas casas para a nova rotina. Percebendo que muitas pessoas não têm uma estrutura adequada, a Flowork, coworking com sede em Porto Alegre e em Curitiba, passou a oferecer o aluguel de cadeiras e mesas para home office. 
A pandemia de Covid-19 impactou diretamente as formas de trabalho. De um dia para o outro, diversas empresas aderiram ao formato de trabalho remoto a fim de evitar o contágio entre os funcionários, que tiveram de adaptar as suas casas para a nova rotina. Percebendo que muitas pessoas não têm uma estrutura adequada, a Flowork, coworking com sede em Porto Alegre e em Curitiba, passou a oferecer o aluguel de cadeiras e mesas para home office. 
A ideia, segundo Daniel Pocztaruk, sócio da operação, surgiu a partir da demanda das empresas que estão alocadas na sede em Porto Alegre. "Foi uma demanda interna dos clientes que começaram a não usar as estruturas físicas e passaram a nos solicitar que pudessem levar as cadeiras ou mesas para casa. Em um primeiro momento, estávamos fazendo isso de uma forma cordial com nossos clientes através de um termo de garantia. Mas começou a surgir demanda de pessoas que não eram nossos clientes", explica Daniel. Foi assim que ele percebeu que o que, até então, era uma facilidade para seus clientes poderia virar um produto. "Foi uma forma de darmos uso para nossas 700 cadeiras que, do dia para noite, passaram a estar vazias. Uma solução que, hoje, a gente acredita ser um produto", pontua. 
FLOWORK/DIVULGAÇÃO/JC
Antes da pandemia, a Flowork já oferecia o serviço de escritório virtual a partir de R$ 147,00. Nessa modalidade, o usuário tem gestão de correspondência, desconto no uso de salas para reuniões presenciais e pode usar o endereço do coworking para fins comerciais, como em cartões de visitas e site. A partir da contratação de um plano, o custo do aluguel da cadeira é feito por mais R$ 100,00 por mês, mesmo valor para ter uma estação de trabalho em casa. A contratação do kit completo de mesa e cadeira sai por R$ 180,00 mensais. "As nossas estações têm diferentes tamanhos, seguem as normas das multinacionais", explica o sócio, afirmando que o custo da cadeira oferecida no pacote é, em média, de R$ 1.500,00.
Daniel afirma que, em breve, devem ser lançados pacotes trimestrais, semestrais e anuais, com descontos de acordo com o período contratado. "Corremos para atender e, agora, estamos formatando de acordo com a demanda que vai entrar", pondera o sócio da operação, relatando que a experiência dos clientes que já fazem uso do serviço tem sido positiva. "Depois que você tem um cadeira profissional, uma boa estação de trabalho, há muita dificuldade em trabalhar na mesa de jantar ou em um lugar adaptado. Acho que traz mais produtividade. Não conseguimos elaborar nenhum estudo, mas o feedback dos clientes tem sido fantástico", destaca Daniel. 
Operando desde 2017, a Flowork funciona como um ambiente compartilhado para empresas, mas com escritórios privativos. Daniel acredita que a pandemia fortaleceu o conceito de espaços compartilhados para empresas, já que reduz custos, inclusive na hora de encerrar a operação. "Todas as empresas que tiveram que fechar escritórios tiveram custos altos, negociar condomínio, luz, internet, funcionários. E os clientes da Flowork tiveram que fazer somente uma negociação com a gente. Acreditamos que tem um movimento muito grande vindo para compartilhamento e a Flowork vai ter que atender, de alguma maneira, online, home office, ser virtual. Vamos ter que criar soluções diferentes que atendam esse novo normal", acredita Daniel. A taxa de ocupação do espaço era de 98% em março deste ano. Agora, está em 70%, o que, para ele, prova a aposta das grandes empresas nesse formato de escritório. "As grandes empresas, que tinham suas sedes, devem acabar parando em ambientes compartilhados, flexíveis, que possam aumentar e diminuir conforme a necessidade. É uma revolução que está sendo promovida a força, ninguém se preparou pra isso."
Por enquanto, os produtos oferecidos nos kits de home office já faziam parte do mobiliário da empresa. A ideia é que, a partir da demanda, sejam oferecidas peças mais adaptáveis para atender mais formatos de home office. "Quando a gente investiu nesses mobiliários, não fizemos pensando nisso. Vamos buscar coisas mais leves, mais flexíveis, que atendam essa mobilidade. Entendemos que esse produto vai evoluir muito e por isso estamos trazendo isso para o mercado como uma solução para a pandemia, mas que será também definitiva", acredita.  
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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