Isadora Jacoby

A Mercearia do Mate precisou renovar o estoque de cuias menores para atender à demanda

Cresce procura por cuias para chimarrão individual na pandemia

Isadora Jacoby

A Mercearia do Mate precisou renovar o estoque de cuias menores para atender à demanda

A mudança no perfil de consumo foi sentida por diversos setores em razão da pandemia. A Mercearia do Mate, loja especializada em erva-mate no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, percebeu que os produtos preferidos pela clientela mudaram nos últimos quatro meses. Guilherme Schaurich, sócio do negócio com Domingos Ferraro e Luciana Breier, conta que as cuias individuais são as mais vendidas no momento. "Cresceu a procura por cuias menores, num estilo de mate mais individual, não aquela cuia cerimonial gaúcha. Temos cuias com outros materiais que são mais fáceis para fazer a limpeza. Agora, o pessoal está mais interessado na cuia de silicone, de cerâmica, que dá para lavar com sabão", explica Guilherme, que teve que encomendar mais cuias pequenas porque o estoque foi todo vendido. 
A mudança no perfil de consumo foi sentida por diversos setores em razão da pandemia. A Mercearia do Mate, loja especializada em erva-mate no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, percebeu que os produtos preferidos pela clientela mudaram nos últimos quatro meses. Guilherme Schaurich, sócio do negócio com Domingos Ferraro e Luciana Breier, conta que as cuias individuais são as mais vendidas no momento. "Cresceu a procura por cuias menores, num estilo de mate mais individual, não aquela cuia cerimonial gaúcha. Temos cuias com outros materiais que são mais fáceis para fazer a limpeza. Agora, o pessoal está mais interessado na cuia de silicone, de cerâmica, que dá para lavar com sabão", explica Guilherme, que teve que encomendar mais cuias pequenas porque o estoque foi todo vendido. 
A loja, que comercializou em torno de 113 Kg de erva-mate em janeiro deste ano chegou a registrar venda de 178 Kg em maio. Guilherme observa que os números demonstram duas mudanças no comportamento dos clientes. A primeira é que as pessoas passaram a comprar estoques maiores, temendo que, em algum momento, ocorram restrições mais severas em relação ao comércio.
"As vendas de erva-mate também aumentaram porque o pessoal está na mesma casa, mas cada um com o seu chimarrão, então acaba consumindo mais erva", acredita Guilherme, ponderando que a relação com a própria erva-mate também ganhou outro espaço na rotina das pessoas durante o isolamento social. "O consumo está indo pelo hábito e pela cafeína, assim como se consome o café. Todo dia, a pessoa toma sua xícara de café e é individual. Antes, o mate era mais para reunir, e essa parte já foi ressignificada", complementa. 
Para se adaptar às questões sanitárias exigidas pela pandemia, o local parou de vender erva-mate à granel, comercializando somente as fechadas em pacotes. As vendas, hoje, são feitas pelo e-commerce, WhastApp, com possibilidade de retirar na loja, que está fechada neste momento. Para estreitar a relação com os clientes, a Mercearia do Mate incrementou a sua presença on-line, produzindo mais conteúdos sobre o tema em suas redes sociais.
"Estamos colocando um vídeo por semana no IGTV e também no canal do YouTube. Resolvemos fazer esse conteúdo informativo que é importante para ter mais engajamento. Antes, atendíamos o cliente na loja e explicávamos o que, agora, estamos falando pelos vídeos. O conteúdo fica como um manual de como utilizar esses tipos diferentes de erva-mate", pontua Guilherme. 
Criada em 2018, a loja surgiu com o objetivo de fomentar o consumo da erva de outras formas, não só no chimarrão. Hoje, Guilherme conta que alguns produtos caíram no gosto dos clientes, enquanto outros não tiveram tanta preferência. "A geleia de erva-mate não foi muito consumida, contudo o refrigerante, ou a erva-mate em filtro de café, já tem procura bem constante. Mas o foco maior ficou na diversidade de tipos de erva-mate para consumo, esse é o maior legado que alcançamos", destaca. 
O trio se preparava para abrir uma segunda loja em Porto Alegre neste ano e estruturava a criação de um museu dedicado à erva-mate. Os planos foram adiados pela pandemia. No entanto, Guilherme acredita que a experiência também deixará legados positivos e mudanças no formato do negócio.
"O aprimoramento das plataformas de atendimento on-line e remotas, assim como das redes sociais, é um caminho sem volta. A criação de conteúdo também, porque, assim, o cliente fica com a informação por mais tempo. Os cuidados com a higiene também mudaram. Dificilmente, teremos uma cuia de compartilhamento com os clientes, como tínhamos antes", acredita Guilherme. 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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