Isadora Jacoby

Camila Neckle adaptou suas atividades para que os alunos seguissem praticando exercícios físicos durante o isolamento

Fisioterapeuta oferece aulas de pilates por WhatsApp durante a pandemia

Isadora Jacoby

Camila Neckle adaptou suas atividades para que os alunos seguissem praticando exercícios físicos durante o isolamento

Em nove anos de empreendedorismo, a fisioterapeuta Camila Neckle, 37, nunca havia vivido uma situação de tantas mudanças em seu negócio como agora, durante a pandemia da Covid-19. À frente de um estúdio de pilates que leva seu nome (@pilates.camila.neckle) no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, ela conta que, em um primeiro momento, a ideia era seguir operando, redobrando os cuidados com a limpeza. "Imaginamos que seria suficiente apenas utilizar as proteções (EPIs) e as práticas de higienização, e que, assim, conseguiríamos continuar com as aulas, sem precisar interromper. Porém o decreto municipal nos obrigou a fechar", lembra. No mesmo dia, todos os alunos receberam, via WhatsApp, diversos vídeos com exercícios para serem feitos em casa. "Quando o nosso conselho profissional (Crefito) autorizou a prática de videoaula, começamos a comunicar e agendar com os alunos interessados", explica.
Em nove anos de empreendedorismo, a fisioterapeuta Camila Neckle, 37, nunca havia vivido uma situação de tantas mudanças em seu negócio como agora, durante a pandemia da Covid-19. À frente de um estúdio de pilates que leva seu nome (@pilates.camila.neckle) no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, ela conta que, em um primeiro momento, a ideia era seguir operando, redobrando os cuidados com a limpeza. "Imaginamos que seria suficiente apenas utilizar as proteções (EPIs) e as práticas de higienização, e que, assim, conseguiríamos continuar com as aulas, sem precisar interromper. Porém o decreto municipal nos obrigou a fechar", lembra. No mesmo dia, todos os alunos receberam, via WhatsApp, diversos vídeos com exercícios para serem feitos em casa. "Quando o nosso conselho profissional (Crefito) autorizou a prática de videoaula, começamos a comunicar e agendar com os alunos interessados", explica.
Dos cerca de 100 frequentadores do estúdio, 37% tem mais de 60 anos e compõe a faixa de risco da doença. A empreendedora conta que a adaptação desse grupo às aulas a distância não foi unânime. "Percebemos que a mudança para o formato digital, com aulas por videochamada, foi um desafio maior para esse perfil. Menos da metade manifestou interesse e aderiu ao novo formato", lamenta. As aulas pelas telas de celulares e computadores são, de acordo com a fisioterapeuta, focadas em exercícios que os alunos consigam executar de forma segura em suas casas. "Com a impossibilidade do uso dos aparelhos exclusivos da prática, disponíveis apenas no estúdio, nossas aulas são focadas no pilates de solo, o chamado mat-pilates", explica.
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
As chamadas reúnem até três alunos por hora para, também, manter a convivência. "Os participantes gostam de fazer as aulas a distância pois é um momento de interação positiva para o corpo e para a mente neste período tão difícil de confinamento. Além da prática dos exercícios ser benéfica à saúde, nosso público gosta de nos enxergar, de rever os colegas das práticas presenciais e, às vezes, até dividir suas angústias e manifestar suas opiniões", pondera.
Em um momento em que sugestões de exercícios têm surgido pelas redes sociais, a fisioterapeuta acredita que, mesmo virtualmente, é fundamental o acompanhamento de um profissional na prática de atividade física. "No nosso caso, conhecemos os alunos e sabemos das limitações de cada um. Os encontros são personalizados, mesmo que sejam realizados em grupo. Os alunos percebem isso e valorizam nosso olhar clínico capacitado", pontua Camila, que conta com a fisioterapeuta Angelisa Gatelli em sua equipe. Para a empreendedora, a orientação de isolamento social não deve ser um empecilho para se exercitar, algo que ela considera fundamental para manter o equilíbrio neste período. "É importante para o corpo e para a mente nos mantermos ativos, sem dores, e aliviando o estresse. Neste momento de confinamento, fazer exercícios, o mínimo que seja, tem ainda maior importância, pois precisamos manter o condicionamento adquirido para que a imunidade não seja impactada, abrindo uma brecha para o vírus, além de manter a rotina para que os alunos não sintam tanto a quarentena", acredita.
Mesmo sem previsão para reabrir o estúdio, que fica na rua Coronel Corte Real, nº 205, Camila explica que pretende, assim que possível, retomar as atividades presenciais, já que os aparelhos têm papel importante no pilates. "Com eles, conseguimos realizar e promover toda a gama de exercícios da metodologia", expõe. Para o futuro, acredita que os reflexos da pandemia deixarão legados na forma de empreender e de se relacionar. "Ficará a capacidade de adaptação que nos foi exigida, a aproximação e a familiaridade ao formato a distância, a necessidade de maior exposição em canais digitais e a valorização do contato humano que nos foi suprimida", interpreta.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

Leia também

Deixe um comentário