Isadora Jacoby

Há 37 anos no mercado, a vinícola produz 335 mil garrafas por ano

Boscato aposta no cuidado com a uva para garantir a qualidade do vinho

Isadora Jacoby

Há 37 anos no mercado, a vinícola produz 335 mil garrafas por ano

O vinhedo de sete hectares na região de Nova Pádua e as 335 mil garrafas produzidas por ano são a realização do sonho de Inês e Clóvis Boscato, fundadores da vinícola que leva o sobrenome do casal. Especialista em vinhos finos, a empresa, hoje, é administrada pela segunda geração da família. "O sonho da minha mãe era fazer o próprio vinho, e meu pai era técnico em enologia, dava assistência para outras vinícolas. Depois que eles se casaram, ela viu que ele realmente tinha o dom de fazer vinho", conta Roberta Boscato, 44 anos, filha do casal e sucessora na administração da empresa.
O vinhedo de sete hectares na região de Nova Pádua e as 335 mil garrafas produzidas por ano são a realização do sonho de Inês e Clóvis Boscato, fundadores da vinícola que leva o sobrenome do casal. Especialista em vinhos finos, a empresa, hoje, é administrada pela segunda geração da família. "O sonho da minha mãe era fazer o próprio vinho, e meu pai era técnico em enologia, dava assistência para outras vinícolas. Depois que eles se casaram, ela viu que ele realmente tinha o dom de fazer vinho", conta Roberta Boscato, 44 anos, filha do casal e sucessora na administração da empresa.
A relação da agrônoma com a fruta começou ainda na infância com o avô, que comercializa uvas na região. "Trabalhava com ele desde os seis anos de idade, praticamente nasci agrônoma", conta Roberta, que também é graduada em Enologia, sommelier e professora.
LUIZA PRADO/JC
Há 37 anos no mercado, o objetivo da Boscato, garante Roberta, não é produzir grandes volumes, mas sim manter a qualidade dos vinhos finos que são fabricados a partir do vinhedo da família e de produtores parceiros supervisionados. O diferencial da marca é garantido, segundo ela, pelos atributos geográficos da região. "A nossa produção é toda de vinhos finos, mais tintos que brancos, justamente para aproveitar a potencialidade do terroir", explica.
A colheita é feita manualmente, sem uso de máquinas. Nesse processo, Roberta diz que é realizada uma seleção dos frutos para assegurar o melhor resultado final. "Não trabalhamos com nenhuma esteira, nem caminhão. As caixas, individualmente, são lavadas e esterilizadas. A colheita acontece cacho a cacho e há uma análise prévia de maturação e mais 15 pontos de qualidade. Esses cuidados fazem com que a gente consiga um ponto de maturação e uma cor diferenciada dos vinhos", explica. E a Boscato, segundo ela, não usa pesticidas na plantação nem esterco para manter os nutrientes do solo. O controle de pragas é feito por meio de controle biológico, e a adubação é verde, ou seja, acontece com o plantio de flores e leguminosas. "Isso resulta em uma produção menor, mas, em compensação, mantém esse equilíbrio."
Plantado há 20 anos com mudas certificadas vindas da Itália, o vinhedo da Boscato é, de acordo com Roberta, uma prova da aptidão da região para o plantio da uva. "É uma relação muito íntima que a planta tem que ter com o solo e com o clima para chegar nesse equilíbrio. Não é só a planta, não é só o solo, não é só o clima. É o terroir, o conjunto dessas três bases, associadas ao manejo", pondera.
O local pode ser visitado em eventos especiais organizados pela empresa, como os sunsets - celebrações ao pôr do sol -, de onde é possível ver as cidades vizinhas da Serra.
A sede da vinícola, que fica a dois quilômetros do vinhedo, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h45min. A visitação, nos fins de semanas, acontece mediante agendamento prévio. Além dos pontos em Nova Pádua, a empresa tem uma sede em Caxias do Sul, a Adega Boscato.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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