Os leitores e as leitoras já sabem: com a chegada do verão, tem GeraçãoE especial produzido na praia. Todo ano, nossa equipe quebra a cabeça para escolher o destino. A decisão é difícil, já que são tantas opções bacanas no Litoral do Rio Grande do Sul. Nem tanto pela paisagem natural e muito menos pela presença do nordestão, o que leva milhares de veranistas a pegarem a estrada são os negócios, as tradições e as lembranças de infância.
Em 2020, fizemos uma enquete nas redes sociais e nos surpreendemos com o engajamento do público de Pinhal e de Cidreira. A partir das dicas, portanto, elencamos os empreendimentos que estão registrados nesta edição. Muito mais que histórias de empresas, são histórias de superação e de persistência, pois enfrentar poucos meses de alta temporada e a interferência do clima para o sucesso de um projeto não é fácil. Exige muito suor - literalmente.
Antes de mergulhar nas narrativas, veja o perfil dos nossos destinos abaixo:
Pinhal
O território de Balneário Pinhal era parte da Fazenda das Cidreiras, terras recebidas da coroa Portuguesa. Em1808, por ordem do governo imperial, a Província do Rio Grande de São Pedro foi dividida em quatro grandes municípios, sendo que Santo Antônio da Patrulha ficou com o território litorâneo e a encosta superior do Nordeste. Balneário Pinhal fazia parte do recorte. O primeiro lugarejo que se formou ficava a mais ou menos uma légua do mar, na Fazenda da Rondinha.
Após passar por outras famílias, as terras foram adquiridas por Francisco Sgura Garcia, espanhol de apelido Paco, que já era proprietário da Fazenda do Pinhal e que, em 1950, as vendeu para Fausto de Borba Prates. O distrito de Tramandaí se emancipou de Osório em 1965 e a Praia do Pinhal passou a ter Tramandaí como sede administrativa. O distrito de Cidreira se desmembrou de Tramandaí em 1988 e, em 1995, através da Lei Estadual número 10.670/95, foi criado o Município de Balneário Pinhal.
População: 11.000 pessoas
Cidreira
Em 1767, a coroa de Portugal doou o lote de terras de Cidreira para o Almoxarife-Mor Manuel Pereira Franco. Possuía de frente 4,5 léguas (29.700m), com 2,5 léguas de orla marítima (16.500m) e era composta pelas fazendas Cidreira, Rondinha, Roca Velha, Ponta do Mato e Porteira. Posteriormente, devido à sonegação de impostos, a coroa confiscou as terras para serem leiloadas.
Em 1819, Luiz José Ferreira Saraiva comprou as terras do Norte e deixou para seu filho Francisco Pereira. Entre elas, Roca Velha, Rondinha e Cidreira. Somente após 1860, começaram a ir para Cidreira os primeiros veranistas, que ficavam em casas de palha, com chão de areia batida. Dentre os pioneiros, as famílias Pilla, Boppe, Mostardeiro, Chaves Barcellos, Alberto Bins e J. H. Santos.
Devido ao difícil acesso, não havia moradores, o que passou a ocorrer após a construção do primeiro farol. A partir de 1930, surgiram as casas de madeira e foi construída a Igreja Nossa Senhora da Saúde, além dos hotéis Atlântico (onde hoje é a Estação Rodoviária), Farroupilha (atual Edifício Alvorada), Castelo, Farol, Cidreira e outros.
Em 1950, foi iniciada a estrada ligando Porto Alegre ao Litoral, concluída em 1958. Em 1954, a CEEE instalou o primeiro gerador de energia elétrica, seguindo-se na década de 1960 o primeiro posto telefônico e o serviço de tratamento de água, pela Corsan.
O município teve a sua origem em Santo Antônio da Patrulha, passando mais tarde a pertencer a Osório e, por fim, a Tramandaí - até que, em maio de 1988, foi emancipado.
População: 12.668 pessoas