Isadora Jacoby

A marca Campana surgiu do desejo de encontrar um novo destino para as sobras das indústrias

Empreendedora cria bolsas a partir de retalhos de tecidos

Isadora Jacoby

A marca Campana surgiu do desejo de encontrar um novo destino para as sobras das indústrias

Quando se deparou com as sobras provenientes da produção de roupas, Laura Amaral, 28 anos, sentiu-se instigada a criar peças que mudassem o destino desses retalhos. Graduada em Moda, foi durante um estágio que surgiu o questionamento. "Existia um excesso de material não usado nas produções e descartado. Aquilo me deixou muito pensativa e me comoveu. Comecei a entender que era uma realidade", conta. A partir daí, criou, em 2016, a marca Campana, na qual produz bolsas, mochilas e pochetes com retalhos.
Quando se deparou com as sobras provenientes da produção de roupas, Laura Amaral, 28 anos, sentiu-se instigada a criar peças que mudassem o destino desses retalhos. Graduada em Moda, foi durante um estágio que surgiu o questionamento. "Existia um excesso de material não usado nas produções e descartado. Aquilo me deixou muito pensativa e me comoveu. Comecei a entender que era uma realidade", conta. A partir daí, criou, em 2016, a marca Campana, na qual produz bolsas, mochilas e pochetes com retalhos.
Para colocar o plano em prática, trabalhou durante 18 meses como vendedora em uma loja para juntar o montante necessário para a compra da máquina de costura. Os primeiros tecidos vieram de uma estofaria que fica na mesma rua onde Laura mora e tem o seu atelier de trabalho.
"Comecei a negociar e a fazer uma rede de lugares que poderiam me fornecer retalhos. Conheci empresas que trabalhavam com estofamento de carro e lona de caminhão."
MARIANA CARLESSO/JC
A produção das peças da Campana funciona por ciclos, que duram em torno de 45 dias. "Primeiro, garimpo o material. Às vezes, chega de outras cidades, em outras vou à caça. Depois, analiso quais modelos posso fazer. A partir disso, disponibilizo para venda no Instagram", detalha. Além dos itens prontos, é possível fazer encomendas, desde que respeitem o mesmo processo de trabalho. "Encomenda é complicado porque as pessoas querem coisas específicas que, provavelmente, eu não terei por ser um material de reutilização, por ele não ter linha de produção. Não é uma matéria-prima virgem que sai de fábrica, é uma matéria que já foi usada. Se a pessoa quer uma encomenda livre, eu produzo a peça. Se gostar, fica." A cada ciclo, são feitas cerca de 30 unidades, que custam de R$ 60,00 a R$ 130,00.
Encontrar um valor justo para a produção foi uma preocupação de Laura na hora de estruturar o negócio. "Quando comecei a precificar, não sabia que tinha que cobrar a energia elétrica. Fiz um cursinho com o Viver de Craft e melhorei", expõe. A empreendedora pondera a importância do produto ter um valor que contemple a sua mão de obra, mas que possa ser acessível.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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