A universitária Andressa Bueno, 22 anos, transformou um trabalho de faculdade em negócio. Aluna do curso de Engenharia Química da UniRitter, ela encontrou uma solução para a intolerância à lactose ao desenvolver um leite feito de aveia na disciplina de Engenharia de Alimentos. Amendoim, cacau e coco foram alguns dos alimentos adicionados às receitas durante os testes. “Levei um tempinho para pensar em algum produto que fosse diferente. Então, lembrando o cotidiano da minha família, decidi produzir leites vegetais porque percebi que o mercado tinha essa necessidade”, declara. A jovem usou o próprio sobrenome no nome da marca: Leite Bueno.

Andressa continuou com o projeto após os términos das aulas. “Para a minha surpresa, além do público vegano e intolerante à lactose, comecei a atender crianças e adultos com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV)”, comenta. Atualmente, a estudante conta com a ajuda de consultores da área contábil e jurídica, e de uma nutricionista, para dar continuidade ao produto. Ela planeja lotar as prateleiras das lojas com alternativas de origem vegetal. “Pretendo expandir a produção e vender em larga escala para lojas de produtos naturais. Além de criar outros laticínios vegetais como queijos e iogurtes”, revela.

Segundo a jovem, o maior desafio como empreendedora é ser encontrada pelo público consumidor. "Os clientes que conhecem se fidelizam - há entregas fixas semanalmente, inclusive em escolinhas com crianças APLV's. Para melhorar o alcance, estou investindo nas mídias sociais e participando de feiras", relata.

A Leite Bueno trabalha com leites vegetais de aveia, amendoim, coco, além dos sabores de aveia com cacau e milkshake de morango. Também tem fondue (pronto para ser derretido e degustado com frutas) e creme de cacau. Os valores dos produtos variam entre R$ 8,00 e R$13,00.