Em um mar revolto de transformações, muitos peixes rápidos se multiplicaram

Qual peixe seu negócio quer ser?


Em um mar revolto de transformações, muitos peixes rápidos se multiplicaram

Toda crise é uma oportunidade. Será mesmo? Pesquisa global da PwC mostrou que 70% dos negócios foram afetados negativamente pela pandemia ao redor do mundo, enquanto 20% apontaram que o quadro teve impacto positivo. No Brasil, as consequências do novo coronavírus foram vistas como desfavoráveis por 62% dos líderes empresariais, contra 33% dos que entenderam que o cenário acabou contribuindo.
É bem verdade que a pandemia trouxe efeitos devastadores e de proporções que há muito não eram vistas, até inéditas. Vantagens competitivas construídas ao longo dos anos se tornaram obsoletas com a disrupção nos modelos de negócio tradicionais. Mas os exemplos mostram que nem tudo é terra arrasada. E, como disse Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial, "no mundo de hoje não é o peixe grande que come o peixe pequeno, é o peixe rápido que come o peixe lento".
E neste mar revolto de transformações, muitos peixes rápidos se multiplicaram. Levantamento da Serasa Experian mostrou que 73,4% dos micro, pequenos e médios empreendedores já vendiam ou passaram a vender produtos e serviços online. Mais da metade, 51%, disseram que a transição permitiu atingir públicos diferentes. Para 44,8%, foi possível ter mais exposição, enquanto 34,5% conseguiram alcançar novas regiões.
Planejar, inovar, reinventar-se. Verbos que diferenciam os peixes rápidos dos peixes lentos. E mesmo se a sua empresa estiver no segundo grupo, ainda é possível navegar em mares menos turbulentos. Isso passa, principalmente, por uma reflexão dos rumos de sua organização, avaliando criticamente seus processos e práticas, além de corrigir rumos e manter bem o que funciona bem.
Um modelo útil para esse trabalho é a metodologia da Formulação Estratégica, baseada em cinco passos que podem ajudar a companhia a prosperar. O método consiste em identificar, por meio de entrevistas com as lideranças, as preocupações e expectativas sobre o futuro da empresa. Em seguida, com ferramentas de pesquisa, são definidos os norteadores e pilares da organização. Na sequência, definem-se os problemas a serem resolvidos. O time, então, é envolvido no mapeamento de alternativas estratégicas dentro da capacidade financeira do negócio. Por fim, a metodologia é implementada.
Este modelo, assim como muitos outros, exige engajamento das lideranças, que devem estar atentas às transformações e motivando suas equipes a também se envolverem nessa construção. Idealmente, uma consultoria especializada e dedicada deve apoiar no processo. Retomando a pergunta que iniciou esta discussão: sim, toda crise é uma oportunidade. Mas tudo dependerá do que você fará com ela. Se seu desejo é manter a organização prosperando, olhe para dentro, tenha método e não hesite em inovar. Ao final, são grandes as chances do seu negócio ser o peixe rápido do cardume.
Arquivo Pessoal/Divulgação/JC

Eduardo Baltar Bernasiuk, CEO da Merithu Consultoria
Eduardo Baltar Bernasiuk

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