Luka Pumes

Negócio foi lançado por jovens que se conhecem desde os tempos de escola

Marca criada por amigos de Porto Alegre aposta no estilo urbano

Luka Pumes

Negócio foi lançado por jovens que se conhecem desde os tempos de escola

A Albrook Company, marca porto-alegrense de vestimentas e acessórios, completou recentemente um ano. O negócio, cujo nome é em homenagem a um bairro da Cidade do Panamá, atrai o público que curte o estilo streetwear. Mais de 500 peças de camisetas, malas de viagem, moletons, calças, bonés, pequenas bolsas (chamadas de shoulder bags) e jaquetas com uma pegada urbana foram vendidas desde o início do projeto.
A Albrook Company, marca porto-alegrense de vestimentas e acessórios, completou recentemente um ano. O negócio, cujo nome é em homenagem a um bairro da Cidade do Panamá, atrai o público que curte o estilo streetwear. Mais de 500 peças de camisetas, malas de viagem, moletons, calças, bonés, pequenas bolsas (chamadas de shoulder bags) e jaquetas com uma pegada urbana foram vendidas desde o início do projeto.
Os empreendedores à frente da iniciativa, Lorenzo Albella, 21 anos, João Moretti, 22, e João Pedro di Marco, 22, transformaram a amizade em uma sociedade. “Desde a época do colégio nós ficávamos mandando fotos de peças de fora do País um para o outro. Queríamos trazer elementos para o Brasil. Quando abriu a possibilidade de empreender, percebemos que precisaríamos de mais uma pessoa para tocar o projeto e chamamos o Moretti”, conta Lorenzo, sobre as influências iniciais e o começo da Albrook.
Um dos sócios estava no país caribenho quando tudo começou. Foi aí que surgiu a influência. “O di Marco morou lá, nós pegamos essa referência e alguns elementos para nossas peças. Tudo nós criamos juntos, pensando coletivamente. Eu costumo coordenar mais essa parte de desenhar as peças, mexer nos programas, mas sempre agregando o pensamento deles”, explica Lorenzo.
LUIZA PRADO/JC
Em um ano de marca, a Albrook já realizou inauguração de coleção no Pier X (localizado, na época, no Shopping Iguatemi), uma sunset no Bar do Espartano e uma festa no Jardim Secreto do Complex. Segundo eles, os eventos são uma forma de manter os clientes por perto e integrados.
“Queremos que nossos clientes sejam nossos amigos. Roupa é uma forma de expressão, arte. Quem usa nossas roupas está em sintonia com nossa forma de pensar, de algum modo”, garante Lorenzo.
Com o Bar do Espartano, aliás, surgiu uma collab com algumas peças especiais. Moretti garante que foi um passo importante para o negócio. 
LUIZA PRADO/JC
Moretti define que a proposta da empresa é atender, principalmente, o público jovem. “Nós tentamos sempre manter uma lógica a cada coleção. Não só por ser questão de outono/inverno ou primavera/verão, mas na pegada. A última veio bem minimalista, por exemplo. Sempre respeitando o estilo geral e a proposta da marca.”
Empreender no Brasil requer resistência. O Sebrae, em 2018, liberou um estudo que mostra uma a cada quatro empresas fechando no País antes de completar dois anos. Com o estudo, motivos como falta de capacidade de planejamento digital, burocratização sistemática e crise política se evidenciam. A Albrook iniciou entendendo isso.
“O principal erro que eu vejo é o pensamento de que vai abrir um negócio e ficar rico da noite para o dia. Passado o primeiro ano e o resultado não sendo o esperado, acontece a frustração. Tem que ter o pé no chão. O primeiro ano da Albrook foi para estruturar e maturar os processos. Hoje, podemos dizer que estamos bem melhores que há um ano”, entende Moretti.
“Vendem a ideia de que ter um negócio é sinônimo de ficar milionário. Que estar extremamente rico é não trabalhar. O que é totalmente o contrário da realidade. Estamos trabalhando muito mais do que em uma empresa tradicional. O primeiro ano é se manter estável, pensando no além”, complementa o empreendedor.
LUIZA PRADO/JC
“Nosso primeiro ano foi de muitos erros. E eles trazem aprendizado. A capacidade de consertar os erros iniciais, que são parte da naturalidade do processo, é o que vai dizer se o negócio sobrevive. Uma moeda de dois lados é que nós três trabalhamos em empresas e temos outra fonte de renda. O lado ruim é não ter 100% o foco, mas o lado bom é não ter que tirar sustento a partir do dinheiro da marca. Tudo que ganhamos nós investimos novamente na Albrook para aprimorar ela”, destaca Lorenzo. 
Sobre o futuro, projeta-se um reposicionamento da marca em âmbitos estruturais diversos, desde a moda até os canais de venda. Já há um ponto de vendas na Fellas Barber e os empreendedores querem encontrar outros lugares que sirvam de ponto fixo das mercadorias.
“O lançamento de peças femininas é nosso principal foco. Trabalhamos desde o começo com o conceito de unissex e percebemos que as mulheres são um público muito ativo na marca. O percentual é igual ou maior que dos homens, aliás. Então, na coleção de verão já vem novidade como forma de valorizar quem já está do nosso lado. Ampliar os pontos de venda também é meta. Precisamos de parceiros com a nossa cara”, afirma Lorenzo.
Como conselho para outros empreendedores, Moretti é enfático sobre a forma de iniciar um trabalho. “Tem muita gente que espera estar tudo redondinho para começar. Nós sabíamos que algumas coisas faltavam quando iniciamos. Quem espera demais para começar tem a tendência de não começar. Tem que dar a cara tapa. Apanha, aguenta, arruma, aprende. Todo empreendedor tem que ter a resiliência como um dos pilares principais”, diz.
LUIZA PRADO/JC
Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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