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A Nastra está incubada no Feevale Techpark e desenvolve calçados sem diferenciação de gênero

Marca aposta na economia criativa com sapatos genderless

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A Nastra está incubada no Feevale Techpark e desenvolve calçados sem diferenciação de gênero

Karla Oliveira
Karla Oliveira
Com a chegada da Geração Z e uma maior conscientização da população sobre temas como sexualidade e gênero, uma nova forma de consumo tem se estabelecido. E foi alinhada a esse novo mercado que a Nastra surgiu.
A startup, criada por Aline Fenker, 31, e incubada no Feevale Techpark, oferece sapatos genderless (sem diferenciação de gênero e com uma grade de numeração ampla). A proposta já tem sido aplicada por outras marcas, mas o diferencial da Nastra está na estética com estampas feitas por artistas latino-americanos. Com graduação em Moda e pós-graduação em Marketing pela Feevale, a empreendedora identificou a demanda do mercado quando trabalhava em outra empresa de calçados que tinha uma grade usual de numeração.
"Notava que tinham meninas que calçavam 40 ou 41 e não encontravam seu tamanho, e meninos que buscavam produtos diferenciados e não conseguiam também", explica Aline, sobre a identificação de um público-alvo.
Aline percebeu também que o local não oferecia mais possibilidade de avanço para a sua carreira. A partir disso, a designer juntou as economias que tinha guardado ao longo dos anos - o valor de uma casa própria, segundo ela - e decidiu montar sua própria marca e levar a ideia para ser incubada no Techpark para receber monitoria no plano de negócios, algo sobre o que ela não tinha base. “Cheguei no parque tecnológico, que remete a toda aquela coisa de software, aplicativo, todo mundo da TI, bem certinho. E eu com uma roupa esquisita, pensei que iam me correr de lá, mas não”, relata.
A startup, incubada há um ano, carrega muito da criadora, que une moda e protesto, pensando a liberdade do indivíduo como modo de se expressar. “Eu acredito que os meus sapatos vão contra essa normatização social do vestir. Eles são feitos para que as pessoas se empoderem, se sintam vistas. É pra dizer que você está ali, que você importa”, afirma.

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