Mauren Motta

Miniempreendedores conectados em ação

Mauren Motta

A tecnologia mudou, definitivamente, as crianças. O acesso à informação, os conteúdos diversos e a facilidade de comunicação transformaram, além do aprendizado, a forma de ser dos pitocos. E estimular outras áreas que envolvam atividades off-line, como o empreendedorismo, pode ajudar a modificar ainda mais o futuro da gurizada. Afinal, empreender é sobre pensar, criar, colaborar e fazer algo para melhorar a vida das pessoas. É uma maneira, ainda, de ganhar o próprio dinheiro. Coisa que sempre cai bem!
A tecnologia mudou, definitivamente, as crianças. O acesso à informação, os conteúdos diversos e a facilidade de comunicação transformaram, além do aprendizado, a forma de ser dos pitocos. E estimular outras áreas que envolvam atividades off-line, como o empreendedorismo, pode ajudar a modificar ainda mais o futuro da gurizada. Afinal, empreender é sobre pensar, criar, colaborar e fazer algo para melhorar a vida das pessoas. É uma maneira, ainda, de ganhar o próprio dinheiro. Coisa que sempre cai bem!
Aí, recebi uma pesquisa lançada pelo Núcleo de Pesquisas do Sindilojas Porto Alegre, justamente, dentro deste tema. Os dados mostram que estimular o empreendedorismo desde a infância é um assunto que 72,6% dos pais da capital gaúcha gostariam que fosse abordado na escola. O trabalho traz depoimentos de pedagogos e de pais sobre empreendedorismo infantil, a partir do levantamento realizado pela entidade com 462 pessoas. Aliás, segundo os dados apresentados, 76,2% dos genitores sentem falta de produtos no mercado que estimulem o tema.
Quando eu era pequena, fazia porque gostava mesmo. Uma das minhas brincadeiras preferidas era a de "montar lojinha". Amava criar produtos como acessórios, bijuterias e perfumes artesanais para serem comercializados na banquinha que eu e minha prima montávamos na nossa rua, perto da parada de ônibus. Eu, literalmente, atacava "os clientes" que desciam do "busum" para vender. E o pior é que sempre dava certo. Do alto dos meus oito anos de idade, achava que era uma supercomerciante.
Hoje, vejo miniempreendedores raiz como eu fazendo algo parecido em condomínios fechados por motivos de segurança, é claro. Tem também projetos legais em algumas escolas, como os do Junior Achievement Brasil. Mas, no todo, não vejo muito mais mesmo. De acordo com a pesquisa, 94,4% dos pais entrevistados acreditam que ensinar empreendedorismo trará um futuro melhor para os filhos. Concordo plenamente.
O assunto é considerado importante porque promove a criatividade, desperta a responsabilidade, ensina a lidar com o dinheiro, mostra como se comportar diante das frustrações, além de incentivar a organização nas crianças - o que é maravilhoso para a gente, né?
O lance, no entanto, é que as crianças estão menos consumistas e mais preocupadas com questões sociais, com a preservação do meio ambiente - o que eu acho ótimo -, com a saúde e com o compartilhamento.
Elas são menos apegadas materialmente e não reconhecem os modelos tradicionais de sucesso: desejam trabalhar no que gostam e curtem desenvolver projetos que se identifiquem. São livres, essa é a verdade - e eu não tiro a razão delas. O desafio, portanto, é mudar o foco, já que estão o tempo todo conectados. Por isso mesmo, estimular o empreendedorismo dá certo. Enfim, dia 12 de outubro está aí, e é uma ótima oportunidade para mostrar outras atividades lúdicas, como jogos estratégicos e brinquedos artesanais.
Vale tudo para desplugar e estimular. Então, boa sorte com a meninada!
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Mauren Motta

Mauren Motta é criadora do grupo Conexões RS. Acompanhe a autora pelo Instagram. (https://www.instagram.com/maurenmotta/)

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