Isadora Jacoby

Além das flores e plantas, a Floricultura Primavera dá espaço para o trabalho de artistas locais

Bom Fim ganha nova floricultura para quem gosta de arte

Isadora Jacoby

Além das flores e plantas, a Floricultura Primavera dá espaço para o trabalho de artistas locais

O Bom Fim, tradicional bairro da região central de Porto Alegre, foi a grande inspiração para a criação da Floricultura Primavera, inaugurada em setembro. Localizado na Felipe Camarão, nº 574, o local é tocado a quatro mãos por mãe e filha. "A praia dela é a jardinagem e a minha, os contatos e a estética", afirma Jade Primavera, 36 anos, sócia do espaço junto com a mãe, Cris Mujik, 56. Figurinista, DJ, e, principalmente, moradora do Bom Fim, Jade conta que desejava ter um negócio na região por perceber a força que a vizinhança dá aos comércios locais. "Sou moradora do bairro há cinco anos e gosto muito do comércio daqui. Tem uma vizinhança incrível, todo mundo se ajuda", garante. 
O Bom Fim, tradicional bairro da região central de Porto Alegre, foi a grande inspiração para a criação da Floricultura Primavera, inaugurada em setembro. Localizado na Felipe Camarão, nº 574, o local é tocado a quatro mãos por mãe e filha. "A praia dela é a jardinagem e a minha, os contatos e a estética", afirma Jade Primavera, 36 anos, sócia do espaço junto com a mãe, Cris Mujik, 56. Figurinista, DJ, e, principalmente, moradora do Bom Fim, Jade conta que desejava ter um negócio na região por perceber a força que a vizinhança dá aos comércios locais. "Sou moradora do bairro há cinco anos e gosto muito do comércio daqui. Tem uma vizinhança incrível, todo mundo se ajuda", garante. 
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O negócio surgiu da oportunidade de aliar o conhecimento da mãe, proprietária há 10 anos de uma floricultura em Viamão, ao crescente interesse do público mais jovem por plantas e flores. Para isso, estar em um bairro atraente para essa faixa consumidora era fundamental para o projeto. "Quando surgiu esse espaço, há um mês, já corri para a imobiliária. A mãe tinha uma floricultura mais tradicional em Viamão. Então a ideia foi trazer o ar do Bom Fim, com uma pegada diferente, mais alternativa, artesanal, trabalhando com papel e não com plástico", explica. As sócias consideram a experiência com o manejo de plantas um dos diferenciais do lugar. "A mãe tem muito esse apelo de conversar com a  pessoa mais de idade que adora plantas e sabe cuidar. Mas eu digo que modernidade agora é a samambaia com neon. As pessoas querem plantas fáceis de cuidar, que tenha que molhar pouco, que deem uma estética verde na casa. Isso é super moderno e aqui nós temos esse apelo jovem, seduzindo com o estilo desses produtos artesanais. O público mais jovem não vê muito o preço, eles pagam mais pelo que querem levar", pondera. 
LUIZA PRADO/JC
Na Floricultura Primavera, os clássicos buquês são compostos por espécies raras de plantas. Ainda, é possível encontrar as folhagens mais conhecidas, como samambaias e jiboias. Outra aposta de Jade foi abrir espaço para o trabalho de artistas locais. Hangers de macramê, cachepôs de crochê e vasos de cerâmica estão a venda no local. "Produzo a Feira do Aeromóvel e o Mercado Vintage em Porto Alegre, então conheço uma galera que tem marcas bem bacanas. Muitos se interessaram e outros estão vindo ainda. Nossa ideia é colocar mais prateleiras para ter o trabalho de mais artistas aqui. É um pessoal talentoso." Ainda, comercializar o trabalho de outros empreendedores no local é uma maneira de ajudar a cobrir os custos de aluguel e da perda de material. "O cálculo é que perdemos em torno de 30% porque a folhagem é muito perecível. Então colocamos uma pequena margem em cima desses produtos. Para os artistas é interessante porque estão no Bom Fim e podem indicar para os clientes deles buscarem os produtos aqui", explica.  Além da venda de flores, elas oferecem serviços de jardinagem e planejam, no futuro, agregar um plano de assinaturas mensal. O valor dos arranjos pode chegar a R$ 300,00, mas Jade garante que com R$ 10,00 é possível sair de lá com um produto. 
A empreendedora afirma que o objetivo da floricultura não é competir com os negócios similares que já existem no bairro, mas oferecer um novo modelo de compra. "Não queremos competir com o 'bastantão' porque têm lojas próximas daqui que trabalham com grandes quantidades baratas. Nossa ideia é trabalhar sempre com folhagens que chamem atenção, que sejam diferentes", expõe. Em menos de duas semanas de operação, a receptividade do público do bairro é motivo de otimismo para Jade. "Todo mundo torce muito pela gente. Várias pessoas passam aqui todos os dias e desejam sorte, dizem que estão felizes com a nossa chegada. É incrível como todo mundo se ajuda. Já era assim quando eu era só moradora. Agora com o comércio a gente se sente parte. Acho que é o melhor bairro em Porto Alegre, sou apaixonada." A Floricultura Primavera funciona de terça-feira a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos das 11h30min às 18h. 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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