Mauren Motta

O meu SXSW

Mauren Motta

Tentar fazer um report de tendências do Festival de Inovação SXSW, que acabou no último domingo, em Austin, no Texas, é, no mínimo, ingenuidade minha. Quando parti para essa experiência incrível, achei que, como em outros eventos, eu poderia sintetizar sozinha o que estava rolando por lá. Impossível.
Tentar fazer um report de tendências do Festival de Inovação SXSW, que acabou no último domingo, em Austin, no Texas, é, no mínimo, ingenuidade minha. Quando parti para essa experiência incrível, achei que, como em outros eventos, eu poderia sintetizar sozinha o que estava rolando por lá. Impossível.
É muita coisa mesmo. Do tipo tudo-ao-mesmo-tempo-agora. No SXSW, são muitas vertentes, informações, conteúdos, pessoas e marcas. Onipresença é pouco. É preciso tempo, conhecimento e muita disponibilidade para entender o que rola por lá. O mais fácil é entender qual é o teu SXSW, com base nas escolhas das atividades que decidiu fazer. E aí, então, tentar contar.
Eu fiz um mix de varejo, jornalismo, publicidade, celebridades, tecnologia e inovação. Ufa! Vi muito, foi maravilhoso. Perde-se muito no SXSW. Mas, certamente, ganha-se muito também.
Para fazer um paralelo, se é que isso é possível, Austin tem um centrinho que fica basicamente como em Gramado em tempos de Festival de Cinema: lotado. No SXSW a troca e as pessoas são fundamentais. Tanto que, neste ano, o evento foi muito sobre pessoas, sobre encontros e sobre empatia.
O festival dos festivais - porque, se você não sabe, o SXSW fez escola e se multiplica por aí - teve um foco forte nas pessoas. As trends de tecnologia recaem, obviamente, por VR (realidade virtual)/AR (realidade aumentada), Blockchain, ChatBots e Inteligência Artificial. Mas, como não existe tecnologia sem as pessoas, resolvi focar. Até porque a forma como usamos a tecnologia é que faz a diferença para mudar o mundo. E são as histórias que fazem a diferença.
Sempre falo isso nas lives do Conexões RS: conte sua história. E esse era um dos grandes temas no SXSW. O storytelling, hoje, significa liderança. Somos as histórias que contamos. São elas que impactam pessoas e mudam o mundo. Aí, ouvir uma celebridade como Gwyneth Paltrow dizer que já se sentiu uma farsa e que, no auge da carreira hollywoodiana, se sentia infeliz, com a impressão de estar fazendo tudo errado, até que decidiu empreender, é confortante. Medo e incertezas todos temos, mas a coragem de mudar, isso sim, pode ser determinante.
Diversidade. Outro tema fundamental no SXSW. Vivemos um tempo em que todos devem ter voz. Marcas e palestrantes falavam disso o tempo todo. Painéis focados no tema LGBT chegaram como novidade no festival deste ano para dar voz às minorias.
E, por falar em voz, os podcasts - espécie de "programas de rádio" da atualidade - estão vindo com tudo. A diferença é que, agora, você pode ouvir quando e como quiser. Assim como os conteúdos curtos em vídeo. A união da ex-CEO da HP com um famoso produtor de cinema da Disney fez nascer a Quibi - empresa que vai estourar neste ano com vídeos de até oito minutos com qualidade hollywoodiana. A aposta tem base em pesquisa sobre o tempo que as pessoas gastam vendo vídeos na web. Te cuida Netflix. Enfim, é muita coisa.
A maconha e seus infinitos produtos, por exemplo, também foram discutidos por lá. Prometo ir contando mais.
"FoMo: sigla para Fear of Missing Out (ou, em português, medo de estar perdendo algo). É a cara do SXSW!"
Mauren Motta

Mauren Motta é criadora do grupo Conexões RS. Acompanhe a autora pelo Instagram. (https://www.instagram.com/maurenmotta/)

Mauren Motta

Mauren Motta é criadora do grupo Conexões RS. Acompanhe a autora pelo Instagram. (https://www.instagram.com/maurenmotta/)

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