A luta por direitos e visibilidade reuniu cerca de 50 mil pessoas no Parque Farroupilha neste domingo, 1º de julho. A Parada de Luta de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (LGBTI) comemorou o Dia do Orgulho LGBTI, celebrado no dia 28 de junho, que marca a data da rebelião que aconteceu em 1969, na qual gays, lésbicas e transexuais se revoltaram contra os abusos cometidos pela polícia no bar Stonewall Inn, nos Estados Unidos. Para celebrar esse marco tão importante na luta pela igualdade, o GE separou uma lista de negócios criados por empreendedores LGBTI que já protagonizaram nossas matérias. Confira:
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Freeda é um aplicativo criado em 2014 que mapeia e avalia estabelecimentos com relação ao tratamento à população LGBT. À frente do negócio estão o jornalista Gabriel Galli, ao lado do assistente social Guilherme Gomes Ferreira, a desenvolvedora Barbara Arena e a advogada Patrícia Becker.
Michelle de Lara Ferraz e Fernanda Nascimento, da Cervejaria Macuco, começaram vendendo cervejas artesanais em feiras e com um tuk-tuk itinerante. Há alguns meses, no entanto, escolheram o Centro Histórico como endereço fixo para a marca, com a Sede Macuco, que fica na rua General Auto, nº 267. No coração da camada residencial do Centro.
Moradoras do bairro Centro Histórico, as proprietárias Viviane Ruskowski, 32 anos, advogada, e a esposa, Bianca Bolzani, 35, pós-graduada em Marketing, oferecem um lugar intimista, longe do grande fluxo de pessoas, característica observada na Austrália, onde residiram por dois anos. Localizado na rua General Lima e Silva, nº 119, o Butcher Burger possui cozinha aberta e equipe de seis funcionários.
Gabriel Ribeiro, 24 anos, é professor de dança e ritmos e drag queen. Seu principal estilo de dança é o stiletto - utilizado pelas grandes divas pop, como Beyoncé, que mistura passos de hip-hop sobre o salto alto -, que tem ganhado espaço nas academias.
Tiago Schmitz, 35 anos, proprietário do Charlie Brownie, que tem duas unidades na Capital, luta, através do seu negócio, por uma causa que também é sua: a LGBT+. A marca, criada em 2014, iniciou vendendo brownies pela internet e ganhou sua primeira unidade física no ano seguinte.
Rodrigo Krás Borges e Gabriel Dreher Bittencourt são proprietários do Workroom, primeiro drag bar do País. Antes da ideia do bar, planejava montar uma cafeteria. A sacada inédita de montar um estabelecimento inspirado no seriado RuPaul's Drag Race surgiu em uma conversa de bar e, ao compartilhar a ideia com Gabriel, decidiram o futuro da sociedade.
Éderson Lopes e o companheiro André Günther transformaram o e-commerce de livros em uma livraria de bairro. A loja dos dois, que permanece na atividade online, encontrou casa no número 370 da rua Cel. Fernando Machado, no Centro Histórico.
Luis Silveira e Eduardo Geraldes são casados e juntos criaram a Pink Velvet Bakery, uma das confeitarias queridinhas de Porto Alegre, instalada na avenida Venâncio Aires, nº 757. Donuts e até um hambúrguer de chocolate com Nutella fazem sucesso entre o público. Desde o começo, a dupla garante que tudo funcionou bem em termos de afinidade para decisões.
O consultor gaúcho Filipe Roloff ocupa um cargo de nome curioso. Ele é "gerente de sucesso do cliente" da SAP Labs Latin America, multinacional de tecnologia com sede em São Leopoldo. Atualmente, lidera o Pride@SAP, grupo que discute diversidade e inclusão dentro da empresa. Através do trabalho que desenvolve, galgou reconhecimento internacional e, em 2017, foi escolhido como um dos 50 futuros líderes LGBTs mais influentes do mundo.
Situado na rua General João Telles, 531, em Porto Alegre, o Josephyna's já é um point do bairro. O espaço é a realização de um sonho antigo dos proprietários João Henrique Silva Martins e Arthur dos Reis. Eles juntaram as experiências que viveram morando fora do Brasil - João na Austrália e Arthur nos Estados Unidos -, e adaptaram ao estilo daqui, uma demanda que, para eles, também era antiga. ”A gente fez um espaço que era o que faltava pra nós. Pensamos em fazer uma coisa que a gente gostasse”, contam.