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Thiago Mazeto � head de varejo da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb

 Foto: /Arquivo Pessoal/Divulga��o/JC

Thiago Mazeto

head de varejo da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb

Um panorama do com�rcio on-line no Brasil

O e-commerce brasileiro tem atravessado bravamente o cenário de crise. De acordo com dados da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, em 2017, o comércio eletrônico faturou 32,67% a mais que em 2016. Para 2018, a expectativa de um aumento gira em torno de 38%. Dentro desse cenário cada vez mais promissor, alguns pontos têm se solidificado ano a ano e, com isso, tornam-se referência quando falamos em e-commerce. Destaco alguns: com a consolidação do comércio eletrônico no Brasil, hoje a melhor época para os lojistas on-line é a Black Friday, que ocorre sempre na última sexta-feira de novembro. Para se ter noção, na última edição do evento no Brasil, foram mais de R$ 2,1 bi arrecadados em apenas dois dias (quinta e sexta-feira), uma alta de 10,3% em relação a 2016.
O número de pedidos cresceu 14%, de 3,3 milhões para 3,76 milhões. O Natal fica em segundo lugar. Apesar de ter um faturamento nominal mais alto - R$ 8,7 bi em 2017 -, considera-se um período de vendas de quase 40 dias ante os dois da Black Friday. Outras datas que têm feito a cabeça dos brasileiros são o Dia dos Pais, R$ 1,94 bilhão em faturamento na edição 2017; o Dia das Mães, com R$ 2,11 bi neste ano; e o Dia dos Namorados, que levou cerca de R$ 1,7 bilhão para as lojas virtuais em 2017. Embora, neste ano, essa última tenha sido impactada pela paralisação dos caminhoneiros, ainda continua sendo uma das mais fortes do comércio eletrônico.
Quando se pensa no que o consumidor on-line mais procura na internet, um segmento sai em disparada: vestuário. O setor foi o responsável por atrair cerca de 35% dos compradores digitais em 2017. É um número tão alto que faz com que, pelo menos, um terço dos e-commerces nacionais seja especializado em roupas, sapatos e acessórios.
Entretanto não é só de moda que vive o consumidor brasileiro. Do total de consumidores on-line, 27% se interessam por ingressos para shows, teatro, cinema e eventos esportivos; enquanto por livros, 27%; celulares, 24%; e produtos eletrônicos, também 24%. Artigos para casa ficam com 24% da fatia; e remédios ou produtos para saúde, 22%. A verdade é que, na hora de fazer o pagamento, o cartão de crédito continua sendo a forma preferida da maioria. Pelo menos 65% optam por essa modalidade na hora de fechar a compra, que ainda costuma ser dividida, em média, em até cinco parcelas. Desde 2016, o smartphone se consolidou como a principal porta de entrada dos brasileiros na internet. Segundo relatório publicado em 2017 pela Agência Brasil, 92,1% dos domicílios brasileiros conectados à internet utilizavam as pequenas telas para navegação, enquanto 70,1% davam preferência para os computadores, o que também reflete nas compras on-line.
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