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Vendedor de mapas em esquina de Porto Alegre resiste à pandemia e digitalização

Nem tudo fechou ou teve de migrar do presencial ao digital na pandemia. O vendedor de mapas Ricardo Wyse, que faz ponto desde 2003 na esquina da rua Olavo Barreto Viana com 24 de Outubro, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, garante: "Tô vendendo mais até agora". Wyse atuava no Centro e se mudou para a região após a queda do movimento. "Saí andando e parei aqui, onde estou até hoje." Antes de atuar com mapas, ele comercializou coleções de livros. Os mapas com mais saída são os de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil e mundo. Cada um custa R$ 25,00. Wyse diz que tira R$ 16,00 "de lucro" e vende, em média, dois ao dia. O material é buscado em um distribuidor em Viamão, que compra da editora Multimapas, de São Paulo. Sobre a concorrência da internet, Wyse diz que "as pessoas gostam de mapas". "Tem coisa que com o digital não dá, como pendurar na parede, né." Sobre a campeã de vendas ser a versão com as ruas da Capital, ele especula: "Nem sempre o GPS é confiável". Aos 63 anos, Wyse é separado e mora em uma pensão. Ele conta que muitas pessoas ajudam, com doação de roupas e até dinheiro.  
 

FOTO PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
25/02/2021 - 16h51min