Publicada em 12 de Setembro de 2021 às 13:00

Farsul exalta presença de Bolsonaro como principal fato da Expointer

Gedeão (centro) minimizou a receita de vendas, que deve ficar longe de anos anteriores

Gedeão (centro) minimizou a receita de vendas, que deve ficar longe de anos anteriores


EMERSON FOGUINHO/FARSUL/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello, do Rio de Janeiro, especial para o JC
A Federação da Agricultura do RS (Farsul) exaltou como principal fato da Expointer de 2021 a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que esteve no Parque Assis Brasil, nesse sábado (11), e almoçou justamente na sede da federação. Sobre as restrições da pandemia, que impuseram limitação de público, "construímos a Expointer que era possível", disse o presidente da Farsul, Gedeão Pereira. 
"O ponto alto da Expointer, e aí ela tenha superado num horizonte de 22 anos, é a primeira vez que tivemos um presidente da República almoçando na Farsul. Este fato aumentou enormemente o que ocorreu aqui", resumiu o presidente, listando ainda a valorização da feira demonstrada na atração de autoridades, do governador Eduardo Leite a ministros e embaixadores, como do Uruguai.
"Foi a primeira aparição pública após o fantástico 7 de Setembro. Existia a preocupação sim, após a carta do presidente (sobre os atos) como estaria a popularidade dele e ela foi testada na feira com aglomeração fantástica de público", concluiu. 
A liderança justificou que a relação com Bolsonaro é porque o governo defende a propriedade privada, que "é calcanhar de aquiles", dos produtores, definiu Gedeão. O presidente da Farsul voltou a citar o dilema da irrigação, que enfrenta limitações para licenciamento. "Vai ter estiagem", avisa, e definiu como incompetência generalizada não ter solução para a armazenagem de água. 
Outra preocupação citada é do efeito da detecção de casos da doença da vaca louca, que levou à suspensão, decisão tomada pelo Brasil seguindo protocolos, para a China. Pereira observou que há cargas de carne para embarque em portos, mas que o Ministério da Agricultura não confirmou o volume e adiantou que a situação sanitária pode afetar preços da carne.     
Gedeão citou que a feira não teve um resultado comercial como as anteriores e da última de 2019 - em 2020, a mostra presencial foi suspensa devido à pandemia -, que somou mais de R$ 2,6 bilhões. Uma das razões da baixa comercialização é a redução da presença de grandes máquinas.
"Não é o show dos animais, mas o do pessoal das máquinas" que responde pela receita maior, lembrou o presidente da Farsul. "E não seria diferente porque o Estado responde por 62% da produção do Brasil". A ausência de players mundiais do setor também se deve à dificuldade de abastecimento de componentes que gera atrasos de entrega de equipamentos, em meio à demanda para compra de máquinas, emendou o dirigente. 
Na área de comercialização de animais, as vendas ficaram um pouco acima de R$ 800 mil ante R$ 8,4 milhões da de 2019. Mas Pereira frisou que a qualidade dos animais "foi muito boa e similar a da feira anterior", citando o avanço dos ovinos, que foi o maior rebanho na mostra. "O sucesso foi de retomada do convívio na feira. Estamos projetando uma grande feira em 2022", projetou o diretor-administrativo Francisco Schardong, que acompanha de perto a área de animais.
"Tivemos uma belíssima exposição de animais", reconheceu o presidente da Farsul. Outro destaque lembrado foi a vinda de produtores de Santa Catarina e do Paraná, como efeito da conquista do certificado de zona livre de aftosa sem vacinação, que os mercados gaúcho e paranaense conquistou em junho.   
O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, definiu a edição deste ano como simbólica, por ser o primeiro grande evento a ser feito no pós-pandemia. "Isso mostra a preocupação do governo com a retomada econômica o mais rápido possível e a relevância do setor agropecuário no Estado", associou Condorelli, adiantando que em 2022 a entidade terá erguida a nova estrutura com o espaço cedido pela Secretaria da Agricultura no parque. 
O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, analisou o impacto da inflação dos alimentos, citou que o volume de produção será ainda maior em 2021-2022, mas preveniu: "a safra de 2022 não vai resolver a inflação dos alimentos". Segundo o economista, a inflação não é ligada somente à alimentação, mas também a mais itens da economia. "Não são apenas os alimentos que estão caros, tudo está caro", afirma Luz, considerando injusto que se credite ao setor agropecuário a conta da correção de preços. 
A Federação da Agricultura do RS (Farsul) exaltou como principal fato da Expointer de 2021 a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que esteve no Parque Assis Brasil, nesse sábado (11), e almoçou justamente na sede da federação. Sobre as restrições da pandemia, que impuseram limitação de público, "construímos a Expointer que era possível", disse o presidente da Farsul, Gedeão Pereira. 
"O ponto alto da Expointer, e aí ela tenha superado num horizonte de 22 anos, é a primeira vez que tivemos um presidente da República almoçando na Farsul. Este fato aumentou enormemente o que ocorreu aqui", resumiu o presidente, listando ainda a valorização da feira demonstrada na atração de autoridades, do governador Eduardo Leite a ministros e embaixadores, como do Uruguai.
"Foi a primeira aparição pública após o fantástico 7 de Setembro. Existia a preocupação sim, após a carta do presidente (sobre os atos) como estaria a popularidade dele e ela foi testada na feira com aglomeração fantástica de público", concluiu. 
A liderança justificou que a relação com Bolsonaro é porque o governo defende a propriedade privada, que "é calcanhar de aquiles", dos produtores, definiu Gedeão. O presidente da Farsul voltou a citar o dilema da irrigação, que enfrenta limitações para licenciamento. "Vai ter estiagem", avisa, e definiu como incompetência generalizada não ter solução para a armazenagem de água. 
Outra preocupação citada é do efeito da detecção de casos da doença da vaca louca, que levou à suspensão, decisão tomada pelo Brasil seguindo protocolos, para a China. Pereira observou que há cargas de carne para embarque em portos, mas que o Ministério da Agricultura não confirmou o volume e adiantou que a situação sanitária pode afetar preços da carne.     
Gedeão citou que a feira não teve um resultado comercial como as anteriores e da última de 2019 - em 2020, a mostra presencial foi suspensa devido à pandemia -, que somou mais de R$ 2,6 bilhões. Uma das razões da baixa comercialização é a redução da presença de grandes máquinas.
"Não é o show dos animais, mas o do pessoal das máquinas" que responde pela receita maior, lembrou o presidente da Farsul. "E não seria diferente porque o Estado responde por 62% da produção do Brasil". A ausência de players mundiais do setor também se deve à dificuldade de abastecimento de componentes que gera atrasos de entrega de equipamentos, em meio à demanda para compra de máquinas, emendou o dirigente. 
Na área de comercialização de animais, as vendas ficaram um pouco acima de R$ 800 mil ante R$ 8,4 milhões da de 2019. Mas Pereira frisou que a qualidade dos animais "foi muito boa e similar a da feira anterior", citando o avanço dos ovinos, que foi o maior rebanho na mostra. "O sucesso foi de retomada do convívio na feira. Estamos projetando uma grande feira em 2022", projetou o diretor-administrativo Francisco Schardong, que acompanha de perto a área de animais.
"Tivemos uma belíssima exposição de animais", reconheceu o presidente da Farsul. Outro destaque lembrado foi a vinda de produtores de Santa Catarina e do Paraná, como efeito da conquista do certificado de zona livre de aftosa sem vacinação, que os mercados gaúcho e paranaense conquistou em junho.   
O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, definiu a edição deste ano como simbólica, por ser o primeiro grande evento a ser feito no pós-pandemia. "Isso mostra a preocupação do governo com a retomada econômica o mais rápido possível e a relevância do setor agropecuário no Estado", associou Condorelli, adiantando que em 2022 a entidade terá erguida a nova estrutura com o espaço cedido pela Secretaria da Agricultura no parque. 
O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, analisou o impacto da inflação dos alimentos, citou que o volume de produção será ainda maior em 2021-2022, mas preveniu: "a safra de 2022 não vai resolver a inflação dos alimentos". Segundo o economista, a inflação não é ligada somente à alimentação, mas também a mais itens da economia. "Não são apenas os alimentos que estão caros, tudo está caro", afirma Luz, considerando injusto que se credite ao setor agropecuário a conta da correção de preços. 
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