Publicada em 01 de Outubro de 2020 às 15:52

Conab projeta 12 milhões de toneladas de arroz na safra 2020/2021

A ampliação de área contrata com a redução de plantio que ocorre desde a safra d 2016/2017

A ampliação de área contrata com a redução de plantio que ocorre desde a safra d 2016/2017


CLAUDIO FACHEL/PALÁCIO PIRATINI/divulgação/jc
, do Rio de Janeiro, especial para o JC
Um dos alimentos que mais ganharam valorização na pandemia, seja no bolso do consumidor que comprou mais arroz ou com preços atrativos na exportação, vai ter aumento na produção na safra 2020/2021, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 
O órgão projeta safra de 12 milhões de toneladas, dado que deve ser validado com base em apuração da intenção de plantio e divulgado no dia 8, na próxima semana, disse o diretor-presidente da Conab, Guilherme Bastos, ao participar de uma transmissão da Expointer Digital. A projeção indica alta de 7,2% em relação à colheita de 2019/2020, diz a Conab. A produtividade deve ser 4,3% menor, devido à expansão da área.
Barros também analisou as razões para a elevação de preços e comportamento do mercado do grão que marca o ano e diretamente relacionado com impactos da pandemia do novo coronavírus. A notícia de maior produção pode ajudar a amenizar a alta dos preços do arroz na mesa dos consumidores, mas o órgão aponta que o consumo deve se manter em alta.
O diretor-presidente citou que a demanda interna subiu 26% desde o começo da pandemia - após anos de perda de espaço do arroz na mesa das famílias. O aumento do consumo levou a esgotamento de estoques privados. Os estoques oficiais vêm em baixa desde 2013, e este ano estão em 537 mil toneladas. 
O mercado externo também pesou e muito nas condições de remuneração do setor. Houve uma explosão das exportações brasileiras, puxadas pela oferta do produto gaúcho, que quase dobraram este ano frente a 2019, citou Barros. Os preços internacionais acumulam alta de 20% este ano, que são explicados ainda por menor oferta em países produtores na Ásia. A desvalorização do real em 32% determinou a atração do produto do Brasil. 
O Brasil registra queda de 176% na área cultivada nas últimas três safras. No Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção, a redução chegou a 17,1% entre 2016/2017 e 2019/2020. O que ajudou a amenizar o impacto foi uma produtividade 5% maior. "Isso mostra que o setor está reagindo e se transformando neste cenário", observa Barros.
Mesmo assim, o impacto foi de quase 1 milhão de toneladas nas duas últimas safras. 
O aumento do consumo ocorre exatamente na fase aguda da pandemia, entre março e agosto. "O corona vaucher (auxílio emergencial de R$ 600,00) trouxe para o consumo uma população que não era atingida nem pelo Bolsa Família, além dos trabalhadores que deixaram de comer em restaurante e passaram a preparar em casa a comida", cita o dirigente da companhia pública.
O arroz protagonizou um movimento inverso ao que se verificava, que era uma queda ou busca de outros alimentos à medida que a renda subia em algumas faixas. Com a pandemia e queda nos ganhos, provocada em boa parte pelo desemprego, o grão virou item de primeira necessidade.
Os preços ao produtor no Estado chegaram a R$ 102,65 para a saca de 50 quilos no primeiro semestre, cita o dirigente. Barros avalia que, no segundo semestre, e principalmente com a liberação de importações, deve ocorrer uma maior equiparação com os valores de importações.    
Um dos alimentos que mais ganharam valorização na pandemia, seja no bolso do consumidor que comprou mais arroz ou com preços atrativos na exportação, vai ter aumento na produção na safra 2020/2021, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 
O órgão projeta safra de 12 milhões de toneladas, dado que deve ser validado com base em apuração da intenção de plantio e divulgado no dia 8, na próxima semana, disse o diretor-presidente da Conab, Guilherme Bastos, ao participar de uma transmissão da Expointer Digital. A projeção indica alta de 7,2% em relação à colheita de 2019/2020, diz a Conab. A produtividade deve ser 4,3% menor, devido à expansão da área.
Barros também analisou as razões para a elevação de preços e comportamento do mercado do grão que marca o ano e diretamente relacionado com impactos da pandemia do novo coronavírus. A notícia de maior produção pode ajudar a amenizar a alta dos preços do arroz na mesa dos consumidores, mas o órgão aponta que o consumo deve se manter em alta.
O diretor-presidente citou que a demanda interna subiu 26% desde o começo da pandemia - após anos de perda de espaço do arroz na mesa das famílias. O aumento do consumo levou a esgotamento de estoques privados. Os estoques oficiais vêm em baixa desde 2013, e este ano estão em 537 mil toneladas. 
O mercado externo também pesou e muito nas condições de remuneração do setor. Houve uma explosão das exportações brasileiras, puxadas pela oferta do produto gaúcho, que quase dobraram este ano frente a 2019, citou Barros. Os preços internacionais acumulam alta de 20% este ano, que são explicados ainda por menor oferta em países produtores na Ásia. A desvalorização do real em 32% determinou a atração do produto do Brasil. 
O Brasil registra queda de 176% na área cultivada nas últimas três safras. No Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção, a redução chegou a 17,1% entre 2016/2017 e 2019/2020. O que ajudou a amenizar o impacto foi uma produtividade 5% maior. "Isso mostra que o setor está reagindo e se transformando neste cenário", observa Barros.
Mesmo assim, o impacto foi de quase 1 milhão de toneladas nas duas últimas safras. 
O aumento do consumo ocorre exatamente na fase aguda da pandemia, entre março e agosto. "O corona vaucher (auxílio emergencial de R$ 600,00) trouxe para o consumo uma população que não era atingida nem pelo Bolsa Família, além dos trabalhadores que deixaram de comer em restaurante e passaram a preparar em casa a comida", cita o dirigente da companhia pública.
O arroz protagonizou um movimento inverso ao que se verificava, que era uma queda ou busca de outros alimentos à medida que a renda subia em algumas faixas. Com a pandemia e queda nos ganhos, provocada em boa parte pelo desemprego, o grão virou item de primeira necessidade.
Os preços ao produtor no Estado chegaram a R$ 102,65 para a saca de 50 quilos no primeiro semestre, cita o dirigente. Barros avalia que, no segundo semestre, e principalmente com a liberação de importações, deve ocorrer uma maior equiparação com os valores de importações.    
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