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Esportes
- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 15:43Leite sobre futebol: 'Eventos com aglomeração devem ser últimos a serem liberados'
Um dos últimos jogos do Gauchão em 15 de março teve protesto dos gremistas com máscara
RICHARD DUCKER/AFP/JC
Mesmo com a retomada de mais atividades ainda restritas a partir do começo de maio, os jogos de futebol não têm previsão de quando vão voltar aos gramados gaúchos, admitiu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. As restrições devem se manter principalmente para torcedores em estádios, deixou claro Leite, durante a transmissão que fez pelo Facebook na tarde desta quarta-feira (22).
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Mesmo com a retomada de mais atividades ainda restritas a partir do começo de maio, os jogos de futebol não têm previsão de quando vão voltar aos gramados gaúchos, admitiu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. As restrições devem se manter principalmente para torcedores em estádios, deixou claro Leite, durante a transmissão que fez pelo Facebook na tarde desta quarta-feira (22).
Ao ser questionado sobre a volta dos jogos do Gauchão, o governador foi direto: "Não tem previsão de retorno. Eventos que aglomeram pessoas devem ser provavelmente os últimas a serem liberados", projetou Leite. A razão está ligada aos riscos de transmissão do coronavírus associados ao maior fluxo e contato entre as pessoas. "Todas as regras e protocolos se voltam á redução de contato", reforçou.
O governador comentou que o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, tem feito contatos frequentes com sua equipe para saber dos encaminhamentos sobre a retomada de atividades. A partir de maio, o Rio Grande do Sul entrará no chamado distanciamento controlado, que prevê maior flexibilidade, com retorno à normalidade, mas com indicadores sendo monitorados para eventual recuo e novos fechamentos se houver dados que indiquem agravamento do cenário da pandemia.
Dois itens vão dar a leitura de riscos: a velocidade de transmissão do vírus (com base em registros de casos) e a situação dos serviços de saúde, principalmente hospitais - de não haver ocupação acima do adequado indicando colapso do sistema.
Leite disse que sabe da preocupação da entidade sobre o encerramento do campeonato e que deve conversar com a FGF. Segundo ele, Hocsman vem apresentando a condição de fazer jogos com portões fechados. "É outra condição que não é de aglomerar pessoas na torcida. Isso deverá ser alvo de discussões nos próximos dias e deve ter a resposta junto com o modelo do distanciamento controlado", acenou o governador.
Os últimos jogos do gauchão foram em 15 de março, na largada do segundo turno. A pandemia já vinha ganhando maior dimensão no Brasil. Naquele dia, o Grêmio entrou em campo para a partida contra o São Luiz usando máscara, como protesto e exigindo medidas que preservassem jogadores, comissão técnica e demais envolvidos com o futebol. Após esse dia, tudo foi suspenso.
