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Esportes

- Publicada em 28 de Dezembro de 2021 às 17:04

Corredores celebram a volta da São Silvestre com novos rituais

Trajeto de 15 km pelas ruas da capital paulista deve reunir cerca de 35 mil corredores

Trajeto de 15 km pelas ruas da capital paulista deve reunir cerca de 35 mil corredores


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Partir da avenida Paulista, passar por trechos históricos, como a avenida São João, o largo do Paiçandu, o viaduto do Chá e a avenida Brigadeiro Luís Antônio, antes de retornar à mais famosa das avenidas da cidade para ser saudado pelo público.
Partir da avenida Paulista, passar por trechos históricos, como a avenida São João, o largo do Paiçandu, o viaduto do Chá e a avenida Brigadeiro Luís Antônio, antes de retornar à mais famosa das avenidas da cidade para ser saudado pelo público.
No trajeto, receber copinhos de água dos voluntários, beber somente um gole e jogar o restante na cabeça, além de passar pelo "Km 41", ponto batizado com esse nome como uma ironia a quem chama a corrida de São Silvestre de maratona, apesar de ter apenas 15 km - um detalhe que, para a maioria dos corredores, é o que menos importa.
A tradicional prova disputada no dia 31 de dezembro em São Paulo é mais do que uma competição, é um ritual que faz parte da virada de ano de milhares de pessoas - em 2019, a competição reuniu cerca de 35 mil participantes. Em 2020, porém, a tradição foi quebrada. Por causa da pandemia de Covid-19, a corrida acabou cancelada pela primeira vez desde que o evento foi criado, em 1925.
"Diferente de outras provas, a São Silvestre é uma grande festa, uma confraternização de fim de ano entre corredores, sem a necessidade de tentar baixar o pace (ritmo) ou de fazer um tempo bom na corrida", diz o competidor Marcos Vinícius Mariano, 34, que disputará a corrida pela sétima vez. "Poder voltar a correr a São Silvestre nos ajuda a refletir."
Neste ano, porém, a São Silvestre terá uma cara um pouco diferente da de outros anos. A começar pelo rosto dos participantes, que terão de usar máscaras na largada e na chegada - nos demais trechos, o item para proteção contra a Covid-19 será facultativo.
Também não será permitida a presença de público na avenida Paulista, para evitar aglomerações em meio ao avanço da variante ômicron do novo coronavírus, considerada mais transmissível. Pelo mesmo motivo, os organizadores do "km 41" não vão montar o ponto. "É triste, mas foi uma decisão sensata", afirma Marcos.
A organização exige, também, que todos os participantes tenham tomado ao menos uma dose da vacina, e o comprovante era item necessário para retirar os kits. Nos casos de imunizantes em que é necessário aplicar uma segunda dose, deverá apresentar também um teste negativo.
A cirurgiã-dentista Ana Carolina Cambuí, 29 anos, cogitou se inscrever para a edição de 2020 antes do anúncio do cancelamento, mas a falta de vacinas à época foi justamente um dos motivos que fizeram ela adiar o desejo de estrear na prova.
"Este ano, com a vacinação e um maior controle da pandemia do que no ano anterior resolvi participar", diz a corredora. "Fazer parte disso após um ano tão difícil, a ansiedade já está grande", acredita.
Enquanto Ana está ansiosa por sua estreia na mais tradicional prova de São Paulo, Demétrius Carvalho, 47 anos, participou de todas as edições desde 2014, quando começou a correr. No ano passado, nem mesmo o cancelamento do evento, o impediu de percorrer os 15 km do trajeto da corrida. Como o Show da Virada também foi cancelado, ele organizou uma disputa noturna. Alguns amigos dele também gostaram da ideia e viraram o ano correndo na avenida Paulista.
"Sempre gostei da ideia de virar o ano correndo, mas a São Silvestre ocorre pela manhã. Como não houve no ano passado, eu pensei que enfim eu poderia realizar esse desejo", lembra. "Vieram inclusive gente de fora de São Paulo para essa experiência. Era meia-noite, a gente estava chegando na praça da República e ouvidos os fogos. A gente nunca vai esquecer essa experiência de virar o ano correndo."
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