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Esportes

- Publicada em 16 de Outubro de 2021 às 11:47

Com nova regra, Brasileirão 2021 tem menos trocas de técnicos que edição anterior

O Grêmio, outro que já demitiu dois treinadores no Brasileirão, inseriu Luiz Felipe Scolari na modalidade 'comum acordo'

O Grêmio, outro que já demitiu dois treinadores no Brasileirão, inseriu Luiz Felipe Scolari na modalidade 'comum acordo'


LUCAS UEBEL/GRÊMIO FBPA/DIVULGAÇÃO/JC
Pode não parecer, mas a atual edição do Campeonato Brasileiro, cujo regulamento traz limitações para demissão de treinadores, ainda tem um número menor de troca de técnicos do que a anterior. A conta considera o ritmo de saídas dos comandantes dos times até o período pós-jogos da 25ª rodada da Série A.
Pode não parecer, mas a atual edição do Campeonato Brasileiro, cujo regulamento traz limitações para demissão de treinadores, ainda tem um número menor de troca de técnicos do que a anterior. A conta considera o ritmo de saídas dos comandantes dos times até o período pós-jogos da 25ª rodada da Série A.
Com a decisão do São Paulo pela saída de Hernán Crespo "em comum acordo", a edição de 2021 do Brasileiro chegou a 16 trocas de técnico. Ano passado, nessa mesma altura da competição, o número de mudanças de treinador estava em 21 - considerando alterações a contragosto dos clubes. Ou seja, redução de 23,8%.
Tirando os casos nos quais o técnico é quem pede para sair, algo que aconteceu duas vezes em 2021, com Lisca (América-MG) e António Oliveira (Athletico-PR), ainda assim o Brasileiro de 2020 foi mais duro com os treinadores: o placar de demissões fica 17 a 14.
Com a saída de Crespo, seis clubes ainda não mudaram de técnico desde o início da Série A: Atlético-MG (Cuca), Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda), Palmeiras (Abel Ferreira), Red Bull Bragantino (Maurício Barbieri), Corinthians (Sylvinho) e Juventude (Marquinhos Santos).
O clube gaúcho é o único que briga contra o rebaixamento que não mexeu no comando do time. Por outro lado, olhando para o atual G 6, só o Flamengo mudou de treinador, quando sacou Rogério Ceni para trazer Renato Portaluppi.
O artigo 32 do regulamento da Série A, que tenta coibir a dança das cadeiras dos técnicos, estabelece que "somente será permitida uma demissão de treinador sem justa causa, por iniciativa do clube, durante o campeonato".
A regra ainda acrescenta: "Caso o clube demita um segundo treinador sem justa causa após ter demitido o primeiro nessa mesma condição, deverá necessariamente utilizar um treinador registrado há pelo menos seis meses no clube".
Mas mesmo o novo dispositivo do regulamento traz uma brecha: "Eventual pedido de demissão por parte do treinador, demissão por justa causa por iniciativa do clube ou rescisão por mútuo acordo não serão computados para os efeitos deste artigo".
É o tal "comum acordo". Essa modalidade de saída cresceu nas últimas rodadas. Das oito demissões mais recentes, cinco foram assim.
O Bahia, que já trocou de treinador duas vezes, não especificou como fez o acerto para a saída de Dado Cavalcanti e Diego Dabove. O Grêmio, outro que já demitiu dois treinadores no Brasileirão, inseriu tanto Tiago Nunes quanto Luiz Felipe Scolari na modalidade "comum acordo".
Financeiramente, o "comum acordo" não quer dizer que não haverá pagamento de multa por parte de quem demite. O Inter, por exemplo, quando tirou Miguel Ángel Ramírez do cargo após a segunda rodada, fechou um acerto para não pagar a integralidade da indenização. Fez "acordo", mas não no sentido de fugir do enquadramento do limite de trocas previsto no regulamento.
Olhando a média móvel de demissões, nota-se que, em 2021, os clubes se seguraram no primeiro terço do campeonato - alguns, como o Corinthians, Fortaleza e Chapecoense, trocaram de técnico antes do início da competição. Até a 14ª rodada, tinham sido só seis trocas. Entre a 16ª e o período atual, que antecede jogos pela 26ª, foram dez.
A observação sobre o efeito prático do novo item no regulamento ainda é parcial. Como parâmetro, o ritmo de trocas de técnico no Brasileirão de 2020 após a 26ª rodada diminuiu: só aconteceram mais cinco. Resta saber como será o comportamento do RH dos clubes neste ano.

Trocas de técnicos do Brasileirão de 2021 até a 25ª rodada

  1. Alberto Valentim (Cuiabá) - 1ª rodada, demitido
  2. Miguel Ángel Ramírez (Inter) - 2ª rodada, demitido
  3. Lisca (América-MG) - 3ª rodada, pediu demissão
  4. Tiago Nunes (Grêmio) - 9ª rodada, comum acordo
  5. Rogério Ceni (Flamengo) - 10ª rodada, demitido
  6. Jair Ventura (Chapecoense) - 14ª rodada, demitido
  7. Dado Cavalcanti (Bahia) - 16ª rodada, não revelado
  8. Roger Machado (Fluminense) - 16ª rodada, demitido
  9. Umberto Louzer (Sport) - 18ª rodada, comum acordo
  10. Guto Ferreira (Ceará) - 18ª rodada, comum acordo
  11. Fernando Diniz (Santos) - 19ª rodada, demitido
  12. António Oliveira (Athletico-PR) - 19ª rodada, pediu demissão
  13. Eduardo Barroca (Atlético-GO) - 22ª rodada, comum acordo
  14. Diego Dabove (Bahia) - 24ª rodada, não divulgado
  15. Luiz Felipe Scolari (Grêmio) - 25ª rodada, comum acordo
  16. Hernán Crespo (São Paulo) - 25ª rodada, comum acordo

Trocas de técnicos do Brasileirão de 2020 até a 25ª rodada

  1. Ney Franco (Goiás) - 4ª rodada
  2. Eduardo Barroca (Coritiba) - 4ª rodada
  3. Dorival Júnior (Athletico) - 5ª rodada
  4. Daniel Paulista (Sport) - 5ª rodada
  5. Felipe Conceição (Red Bull Bragantino) - 6ª rodada
  6. Roger Machado (Bahia) - 7ª rodada
  7. Tiago Nunes (Corinthians) - 9ª rodada
  8. Thiago Larghi (Goiás) - 12ª rodada
  9. Paulo Autuori (Botafogo) - 12ª rodada
  10. Ramon Menezes (Vasco) - 14ª rodada
  11. Vagner Mancini (Atlético-GO) - 15ª rodada, pediu demissão e foi para o Corinthians
  12. Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras) - 16ª rodada
  13. Eduardo Barros (Athletico) - 17ª rodada
  14. Jorginho (Coritiba) - 18ª rodada
  15. Bruno Lazaroni (Botafogo) - 18ª rodada
  16. Domènec Torrent (Flamengo) - 20ª rodada
  17. Eduardo Coudet (Internacional) - 20ª rodada, pediu demissão e foi para o Celta (ESP)
  18. Rogério Ceni (Fortaleza) - 20ª rodada, pediu demissão e foi para o Flamengo
  19. Enderson Moreira (Goiás) - 21ª rodada
  20. Ramon Díaz (Botafogo) - 23ª rodada
  21. Odair Hellmann (Fluminense) - 24ª rodada, pediu demissão e foi para o Al Wasl (EAU)
/Folhapress
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