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Esportes

- Publicada em 13 de Outubro de 2021 às 19:30

Retorno do público tem ingresso caro e prejuízo aos clubes no Brasileirão

Na vitória do Santos sobre o Grêmio por 1 a 0, a direção do Peixe teve um prejuízo de R$ 71 mil

Na vitória do Santos sobre o Grêmio por 1 a 0, a direção do Peixe teve um prejuízo de R$ 71 mil


IVAN STORTI/SANTOS FC/JC
O retorno do público aos estádios no Campeonato Brasileiro, no último dia 2, trouxe aos dirigentes a esperança de abastecer as finanças dos clubes, abaladas ainda mais em razão da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a restrição de capacidade das arenas, os ingressos caros e os perigos do vírus ainda em circulação são obstáculos para uma arrecadação satisfatória e imediata.
O retorno do público aos estádios no Campeonato Brasileiro, no último dia 2, trouxe aos dirigentes a esperança de abastecer as finanças dos clubes, abaladas ainda mais em razão da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a restrição de capacidade das arenas, os ingressos caros e os perigos do vírus ainda em circulação são obstáculos para uma arrecadação satisfatória e imediata.
Ao reabrir as bilheterias, as agremiações viram ingressos encalhar mesmo operando com a capacidade de público reduzida. Além disso, tiveram que arcar com novos e velhos gastos para receber o torcedor. Entre eles, a contratação de seguranças e de orientadores, a prestação de serviços de monitoramento por imagem e locações de equipamentos, como grades e banheiros químicos, por exemplo.
Há também a obrigação de repassar 5% da renda bruta para federação estadual da qual o mandante faz parte e outros 5% destinados ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Entre os times de São Paulo, o Palmeiras foi quem mais ganhou com a bilheteria no Allianz Parque, mas ainda assim está distante do patamar pré-pandemia. O Verdão arrecadou R$ 538 mil com a venda de 8.884 ingressos na derrota para o Red Bull Bragantino por 4 a 2 no sábado (9). Com os descontos de R$ 335 mil, o que inclui taxas, impostos e as despesas operacionais, a renda líquida foi de R$ 203 mil.
Para viabilizar a presença do seu público, o Palmeiras arcou com a contratação de brigada de incêndio/bombeiros, controladores de acesso e ingressos, além de locação de catracas, geradores e gradeamento. Na última atuação do time como mandante e de portões fechados, o empate com o Juventude no último dia 3, os custos não passaram de R$ 76,1 mil.
O torcedor palmeirense não acompanhava uma partida pelo Brasileirão, no Allianz, desde o dia 1 de dezembro de 2019. Naquela ocasião, o Palmeiras recebeu o Flamengo, que já havia garantido o título da competição, e arrecadou bruto de R$ 1,3 milhão e receita líquida de R$ 702 mil, com 22.219 pagantes.
No retorno, o Corinthians é o que mais teve torcida no estádio: 10.470 pagantes na vitória sobre o Bahia, na terça (5), renderam R$ 520 mil, mas o clube ficou com apenas R$ 169 mil.
No Morumbi, o clássico entre São Paulo e Santos, na quinta (7), rendeu ao clube tricolor R$ 58 mil. Com a possibilidade de receber quase 20 mil pessoas, a equipe tricolor contou com o apoio de apenas 5.529 torcedores para arrancar empate por 1 a 1. O ticket médio, no Morumbi, foi o mais alto entre os rivais paulista: R$ 71,15, à frente do praticado no Allianz (R$ 60,59) e na Neo Química Arena (R$ 49,71). O ingresso mais barato para o clássico com o Santos foi oferecido por R$ 110,00 na arquibancada (R$ 55,00 a meia-entrada).
Decepcionada com a baixa adesão do público, a diretoria são-paulina baixou os preços para receber o Ceará nesta quinta-feira (16). A arquibancada custará R$ 50,00, e o clube instituiu o bilhete no setor popular a R$ 20,00 (R$ 10,00 meia-entrada).
Em Bragança Paulista, o Red Bull embolsou R$ 4,8 mil (2.708 pagantes) diante do Flamengo, no estádio Nabi Abi Chedid. Já o Santos, porém, amargou um prejuízo na vitória sobre o Grêmio por 1 a 0 na Vila Belmiro, no domingo (10). Na tentativa de deixar a zona do rebaixamento, a diretoria alvinegra colocou ingressos à venda por R$ 40,00 (R$ 20,00 meia-entrada) e vendeu toda a carga disponível, 4.165 assentos, o que não evitou um déficit de R$ 71 mil.
Em cada estado, a quantidade de público está sujeita aos protocolos das autoridades locais. No orçamento para este ano, a maioria dos clubes estimava lucrar com a volta do torcedor desde o começo do segundo semestre. No entanto, o Brasil foi assombrado por uma nova escalada de casos de Covid-19 e óbitos a partir de março deste ano, o que culminou na manutenção das medidas restritivas.
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