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Esportes

- Publicada em 08 de Outubro de 2021 às 18:23

Tite vê leque aumentar, mas setor criativo da seleção ainda é tormento

A um ano do Mundial do Catar, Tite tem algumas vagas em aberto no meio-campo e no ataque

A um ano do Mundial do Catar, Tite tem algumas vagas em aberto no meio-campo e no ataque


YURI CORTEZ/AFP/JC
É um paradoxo. As soluções que Tite encontrou nos jogos recentes para o setor ofensivo da seleção parecem se ampliar. Mas sem uma constância de desempenho coletivo e individual, o técnico vê o leque crescer. Embora o Brasil siga vencendo, não há uma solução definitiva para os problemas ofensivos do líder das Eliminatórias, com 100%, por mais absurdo que pareça.
É um paradoxo. As soluções que Tite encontrou nos jogos recentes para o setor ofensivo da seleção parecem se ampliar. Mas sem uma constância de desempenho coletivo e individual, o técnico vê o leque crescer. Embora o Brasil siga vencendo, não há uma solução definitiva para os problemas ofensivos do líder das Eliminatórias, com 100%, por mais absurdo que pareça.
Mas é a realidade. Se fosse no começo de um ciclo de Copa do Mundo, talvez o "problema" parecesse até interessante, pensando em uma renovação ou algo do gênero. Só que a seleção brasileira está a quase um ano da Copa do Mundo, a rodadas de confirmar a classificação matemática para o Qatar e, ainda assim, não há uma formação titular consolidada.
As boas notícias mais recentes foram Raphinha e Antony, que estrearam contra a Venezuela e ajudaram a mudar a rota de uma partida complicada e de pouca inspiração nos primeiros 45 minutos - o Brasil foi para o intervalo perdendo. O ponto que exemplifica os problemas de Tite é que ambos entraram substituindo Éverton Ribeiro e Paquetá, que foram boas soluções na data Fifa passada, tanto contra o Chile quanto diante do Peru.
Vinicius Júnior, por exemplo, é outro que faz parte do leque. Depois de uma Copa América como figurante, ele chegou a ser titular diante do Chile, mas foi sacado. Nesta sexta-feira (7), entrou no segundo tempo contra os venezuelanos, mas é mais um que não conquistou seu espaço de forma consistente na seleção - em que pese o bom começo de temporada no Real Madrid.
Uma questão que diferencia as convocações pós-Copa América é que só agora Tite voltou a ter os jogadores que atuam na Inglaterra, como o próprio Raphinha. Isso trouxe Gabriel Jesus de volta à seleção, enquanto Firmino, chamado em setembro, foi preterido em outubro. Richarlison, por sua vez, não foi chamado agora por conta de uma lesão. Na ausência dos ingleses, Gabigol ganhou sequência como titular e Hulk foi chamado depois de cinco anos longe da seleção.
Em setembro, Tite usou também Matheus Cunha, que voltaria em outubro, mas foi cortado por causa de lesão muscular. Leque aberto de novo: Arthur Cabral ganhou uma chance entre os convocados. Malcom foi chamado, mas o Zenit vetou. Se o olhar retroceder até a Copa América, dá para perceber que Éverton Cebolinha é outro jogador de ataque que ficou pelo caminho, por ora.
No meio disso tudo, um Neymar intocável, em uma função de articulação, como há tempos exerce no PSG, e não mais de ponta - isso condiciona a montagem que Tite pensa colocar ao seu redor. Neymar estava suspenso contra a Venezuela e voltará a ficar à disposição diante da Colômbia.
O que Tite precisa decidir agora é como desenhar o time a seu redor. A variação mais recente passa do 4-4-2, com articuladores como Paquetá e Éverton Ribeiro, com migração para ponteiros mais incisivos, afeitos ao drible e a jogadas de velocidade. Resta ver qual fórmula vai prevalecer e se ela ainda estará em pé em novembro, na próxima convocação.
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