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Esportes

- Publicada em 09 de Outubro de 2021 às 16:31

Calderano mira liga chinesa de tênis de mesa e medalha em Paris 2024

Torneio vencido no Catar é o título mais expressivo da carreira do brasileiro até o momento

Torneio vencido no Catar é o título mais expressivo da carreira do brasileiro até o momento


WTT/DIVULGAÇÃO/JC
Aos 25 anos, o mesatenista Hugo Calderano não se permite apenas a aproveitar o melhor momento de sua carreira, mas vislumbra na conquista do WTT Star Contender em Doha, em setembro, o seu ponto de partida para realizar o sonho de uma medalha nas Olimpíadas de Paris 2024.
Aos 25 anos, o mesatenista Hugo Calderano não se permite apenas a aproveitar o melhor momento de sua carreira, mas vislumbra na conquista do WTT Star Contender em Doha, em setembro, o seu ponto de partida para realizar o sonho de uma medalha nas Olimpíadas de Paris 2024.
O torneio vencido no Catar é uma das principais etapas do circuito mundial e é o título mais expressivo de sua carreira até o momento. Com a conquista, ele assumiu o quinto lugar do ranking. Foi também a sua primeira aparição após a campanha nos Jogos de Tóquio, em julho deste ano.
"Paris 2024 chegará rápido, foi muito bom começar o ciclo com esse título em Doha, com certeza o mais expressivo em termos de nível, contra atletas bem fortes. Espero continuar neste caminho, jogando e treinando bem, sem que lesões me atrapalhem", diz o atleta à reportagem.
"Consegui aproveitar no Catar a minha preparação para Tóquio. Estou na minha melhor forma física e técnica, além de me sentir bem mentalmente. Estou bem mais motivado para o futuro".
No Japão, ele avançou às quartas de final, algo inédito para um brasileiro na modalidade, e esteve bem próximo de uma vaga na decisão por medalha, mas perdeu de virada para o alemão Dimitrij Ovtcharov por 4 a 2 (11/7, 11/5, 8/11, 7/11, 8/11 e 2/11).
Deixou o Ginásio Metropolitano de Tóquio, naquele dia 28 de julho, visivelmente abalado e prometendo que voltaria às Olimpíadas ainda melhor. "Foi bem difícil a minha derrota em Tóquio, doeu bastante na hora, mas não tive nenhum arrependimento porque deixei tudo na mesa, dei o meu melhor. Alguns momentos depois eu já estava com muita vontade de voltar, então aquilo me deu mais motivação", diz Calderano. "Queria muito aquela medalha, disse para mim mesmo que eu vou fazer de tudo para conquistá-la da próxima vez".
Carioca, filho de Elisa e Marinho, que se conheceram na faculdade de Educação Física, o mesatenista passou algumas semanas com a família no Brasil depois da campanha na Ásia. Em seu retorno ao circuito, Calderano se apresentou ao seu novo time, o Fakel Gazprom Orenburg, da Rússia, cinco vezes campeão europeu.
Desde 2014 ele representava o Liebherr Ochsenhausen, da Alemanha, equipe que conquistou a Bundesliga na temporada de 2018/2019 com a sua ajuda, mas pela qual não não teve chances de brigar por um título da Champions League.
Apesar da mudança de clube, o brasileiro continuará residindo e treinando na cidade de Ochsenhausen, localizada no sul da Alemanha, onde vive desde os seus 18 anos. Calderano acredita que a mudança poderá ajudar em seu principal objetivo, o da medalha olímpica.
"Minha rotina será parecida, vou jogar pelo Orenburg e continuar morando e treinando em Ochsenhausen, mas o fato de ter menos jogos (pelo time russo) me dará mais liberdade no calendário", afirma. "Não terá tantos jogos como a Bundesliga tem, então, vou poder treinar mais e buscar participar de competições internacionais no Japão, na Coreia do Sul e até mesmo na China".
Primeiro latino a figurar no top cinco do ranking mundial, o brasileiro possui convite para isso e, com a agenda menos cheia em seu novo time, estuda a possibilidade de participar de etapas da Liga Chinesa, o mais alto nível do tênis de mesa, como um período de aprimoramento. Até por isso, Calderano tem se dedicado a aprender mandarim.
"Não preciso ser o número 1 do mundo algum dia, mas quero ganhar dos chineses nos Jogos Olímpicos e acho que consigo com esse estilo de jogo ambicioso e agressivo. A regularidade ajudará, porque jogando em alto nível, ganho experiência e mais chances de bater os chineses na hora mais importante. Tenho certeza que o caminho é esse", afirma. "Poucos atletas estrangeiros já participaram da Liga Chinesa, tenho certeza que no futuro vou fazer algo por lá".
Em sua estreia nos Jogos, nas Olimpíadas Rio 2016, o mesatenista foi eliminado nas oitavas de final. Antes do título da Star Contender, em setembro, ele havia ficado com a prata no Aberto de Doha, em 2018, e no Aberto da Áustria, em 2016, além do bronze no ITTF Grand Finals, em 2018, na Coreia do Sul.
O tênis de mesa entrou para a programação olímpica em Seul 1988. Os chineses conquistaram 60 das 115 medalhas disputadas até hoje. São 32 de ouro das 37 possíveis - os demais campeões olímpicos são da Coreia do Sul (Seul 1988, duas vezes, e Atenas 2004), do Japão (Tóquio 2020) e da Suécia (Barcelona 1992).
Na equipe russa, o carioca terá como companheiros o alemão Ovtcharov, oitavo do ranking mundial e medalha de bronze em Tóquio, e o taiwanês Lin Yun-jun, sexto colocado entre os melhores e quarto nas Olimpíadas. À frente deles, no topo da classificação, somente os chineses Fan Zhendong, Ma Long e Xu Xin, além do japonês Tomokazu Harimoto.
"Vamos entrar como favoritos na Champions League, e estou bem animado. Nosso time é forte, um poderá aprender com o outro. O Ovtcharov (33 anos) tem bastante experiência, e o Lin Yun-jun é jovem (20 anos), mas atua em altíssimo nível há muito tempo", afirma o brasileiro.
/Folhapress
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