Tricampeão olímpico, o técnico da seleção feminina de vôlei, José Roberto Guimarães viveu uma situação inédita e desafiadora às vésperas de comandar o Brasil rumo a mais uma final na carreira. Nesta sexta-feira (6), o treinador de 67 anos foi acordado com a notícia de que a oposta Tandara, suspensa provisoriamente por doping no Brasil, precisaria ser cortada do grupo concentrado em Tóquio antes da semifinal contra a Coreia do Sul.
As jogadoras não tiveram contato com Tandara, que seguiu direto para o aeroporto com destino ao Brasil. Elas firmaram um pacto para não comentar o assunto nas redes sociais durante o dia e mostraram que realmente se mantiveram focadas na quadra.
"Todo mundo foi pego de surpresa. Mas é um grupo, e a Tandara sempre fez parte desse grupo. É tão importante quanto qualquer uma de nós. A gente está torcendo pela inocência dela e tenho certeza de que ela vai sair bem desse caso. Ela não iria querer que a gente desfocasse", afirmou a central Carol Gattaz.
Em busca do título, as brasileiras terão seu maior desafio contra os Estados Unidos no domingo, à 1h30min (de Brasília). No último torneio antes das Olimpíadas, a Liga das Nações, o Brasil foi vice-campeão após perder a decisão para as norte-americanas - também havia perdido na primeira fase.
A boa lembrança para Zé Roberto está nos títulos olímpicos de 2008 e 2012 sobre a equipe dos EUA. "Agora, estamos acabando de viver nosso luto. Temos que pensar no próximo jogo. Tem que ir com a melhor energia e jogar pela Tandara também. Temos uma causa. Um jogo que temos que ganhar para tentar realizar nosso sonho", completou o treinador.