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Esportes

- Publicada em 21 de Julho de 2021 às 18:42

COI proíbe postagem de protestos antirracistas nas redes sociais da Olimpíada de Tóquio, diz jornal

Manifestações foram feitas por jogadoras de Chile, Estados Unidos, Grã-Bretanha (foto), Suécia e Nova Zelândia

Manifestações foram feitas por jogadoras de Chile, Estados Unidos, Grã-Bretanha (foto), Suécia e Nova Zelândia


ASANO IKKO/AFP/JC
O Comitê Olímpico Internacional (COI) proibiu as equipes das redes sociais oficiais da Olimpíada de Tóquio de publicarem fotos e vídeos de protestos antirracistas feitos por atletas durante a competição. A informação é do jornal inglês "The Guardian".
O Comitê Olímpico Internacional (COI) proibiu as equipes das redes sociais oficiais da Olimpíada de Tóquio de publicarem fotos e vídeos de protestos antirracistas feitos por atletas durante a competição. A informação é do jornal inglês "The Guardian".
Nesta quarta-feira (21), durante a primeira rodada do futebol feminino, atletas de cinco seleções se ajoelharam em campo em um gesto que se popularizou após a morte de George Floyd, no estado norte-americano de Minnesota, no ano passado. As manifestações foram feitas por jogadoras do Chile, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Suécia e Nova Zelândia.
Os gestos foram transmitidos normalmente pelas redes televisivas, mas não aparecem nas redes sociais do COI ou da Olimpíada. Os profissionais teriam recebido a instrução na noite de terça-feira (20), no horário de Tóquio, antes da partida entre Chile e Grã-Bretanha, que marcou a inauguração do futebol nos Jogos.
Segundo o "The Guardian", a orientação gerou surpresa nas equipes das redes sociais, uma vez que o COI costuma celebrar imagens icônicas de protestos, entre elas as dos ex-velocistas norte-americanos Tommie Smith e John Carlos erguendo os punhos em manifestação contra a desigualdade racional nos Estados Unidos durante a Olimpíada de 1968. A medida também vai na contramão de decisão recente da entidade, que afrouxou regra que proibia as manifestações políticas nos Jogos.
A redação original da Regra 50.2 da Carta Olímpica afirmava que, para preservar a neutralidade dos Jogos, nenhum tipo de manifestação política, religiosa ou racial era permitida nas arenas e em outras áreas.
Diante do crescente ativismo de atletas, porém, foi divulgado no início do mês a nova versão das diretrizes do COI para a aplicação da Regra 50.2, que inclui os locais de jogo como palcos permitidos para manifestação, desde que antes do início das competições.
De acordo com a entidade, a manifestação precisa ser "consistente com os princípios fundamentais do Olimpismo" e não pode ser dirigida direta ou indiretamente a pessoas, países e organizações. Ajoelhar-se ou erguer o punho no pódio permanece vetado.
O gesto antirracista de se ajoelhar com o punho erguido antes de partidas de futebol se manteve presente na última temporada da Inglaterra e se repetiu entre algumas seleções na Eurocopa, ainda que sob reprovação do público em determinados países.
Durante a competição europeia, parte da torcida inglesa chegou a vaiar os jogadores da própria equipe durante a execução do gesto. Após a derrota para a Itália, na final, os atletas ingleses Rashford, Saka e Sancho foram alvos de ataques racistas.
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