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Esportes

- Publicada em 08 de Junho de 2021 às 16:27

Time de atletas refugiados triplica para Olimpíada de Tóquio

Um total de 29 atletas participará de 12 esportes nos Jogos

Um total de 29 atletas participará de 12 esportes nos Jogos


CHARLY TRIBALLEAU / AFP/ JC
Uma equipe de atletas refugiados composta por 29 membros participará de 12 esportes nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O tamanho do time, que vai competir sob a bandeira olímpica, é quase o triplo do inaugural, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Uma equipe de atletas refugiados composta por 29 membros participará de 12 esportes nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O tamanho do time, que vai competir sob a bandeira olímpica, é quase o triplo do inaugural, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
O país de origem predominante entre eles é a Síria, com nove atletas. Há também esportistas oriundos do Congo, Sudão do Sul, Eritreia, Venezuela, Irã, Afeganistão, República Democrática do Congo, Iraque e Camarões.
Os atletas foram selecionados a partir de um grupo original de 56, apoiados por comitês olímpicos ou federações esportivas de 13 países por meio de um sistema de bolsas. De acordo com o COI (Comitê Olímpico Internacional), além do desempenho esportivo, foram consideradas histórias pessoais, bem como uma representatividade equilibrada em termos de esporte, gênero e regiões para chegar à lista final.
A seleção levou em consideração ainda o status de refugiado confirmado pela Agência das Nações Unidas para Refugiados.
Em 2016, nos Jogos do Rio, o COI adotou pela primeira vez a equipe para aumentar a conscientização sobre o tema, enquanto centenas de milhares de pessoas chegavam principalmente à Europa fugindo de conflitos e da pobreza.
Dos 10 representantes que estiveram na última Olimpíada, 6 participarão da edição japonesa, entre eles o judoca Popole Misenga, 29 anos, residente no Brasil desde 2013. Naquele ano, o congolês veio ao país para a disputa do Mundial, sofreu maus-tratos dos treinadores e resolveu desertar.
Ele treina no Instituto Reação, no Rio de Janeiro, e teve seu nome gritado pelos torcedores brasileiros durante os Jogos em sua nova casa há cinco anos. "Quando entrei na arena, achei que não teria nenhum torcedor. De repente vi o Brasil inteiro torcendo para mim. Veio um negócio...", relatou na ocasião.
Quem também irá para sua segunda participação é a nadadora síria Yusra Mardini, 21, refugiada na Alemanha desde 2015.
Durante a travessia entre os dois países, o bote que ela ocupava com a irmã e outras 18 pessoas teve defeitos, e elas o empurraram por horas no mar Egeu. Após participar da Olimpíada do Rio, um livro e um filme contaram a sua história.
O iraniano Hamoon Derafshipour, 28, que se mudou para o Canadá para poder realizar o sonho de ir à Olimpíada ao lado de sua esposa, Samira Malekipour, também integra o time de refugiados.
"Nunca seria permitido que ela fosse minha técnica na Olimpíada", contou à Folha Derafshipour. A Olimpíada era meu sonho. Mas não seria mais se fosse sozinho. Sem Samira, eu preferia não viajar porque depois de algum tempo passou a ser o nosso sonho, não apenas meu." Ele pretende representar o Canadá nos próximos anos, quando regularizar sua cidadania.
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