Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Esportes

- Publicada em 27 de Abril de 2021 às 20:28

Governo planeja vacinação de atletas e credenciados para Tóquio com ajuda do COI

As doses virão do laboratório Sinovac e serão fornecidas ao governo federal pelo COI

As doses virão do laboratório Sinovac e serão fornecidas ao governo federal pelo COI


CARL DE SOUZA / AFP/ JC
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) negocia com o governo federal os detalhes de como deverá funcionar a vacinação para atletas, demais membros da delegação e jornalistas credenciados para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em Tóquio. O início da Olimpíada está marcado para 23 de julho.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) negocia com o governo federal os detalhes de como deverá funcionar a vacinação para atletas, demais membros da delegação e jornalistas credenciados para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em Tóquio. O início da Olimpíada está marcado para 23 de julho.
Em reunião nesta terça-feira (27) entre membros do COB e dos ministérios da Saúde e da Defesa, ficou acordado que até 1.400 possíveis participantes do megaevento deverão fazer parte do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (PNO).
As doses virão do laboratório Sinovac e serão fornecidas ao governo federal pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que receberá doações do Comitê Olímpico da China. O país asiático se prepara para sediar os Jogos de Inverno, em fevereiro de 2022, e havia anunciado em março que se dispunha a auxiliar na imunização dos participantes tanto de Tóquio quanto de Pequim.
Como contrapartida ao SUS, para cada integrante do grupo que vai aos Jogos, dois outros brasileiros também serão imunizados, totalizando 5.600 doses extras para 2.800 pessoas. Uma legislação já em vigor permite que as empresas privadas adquiram vacinas, mas precisam doar integralmente ao SUS enquanto os grupos prioritários não forem imunizados. Após esse período, poderão adquirir e usar 50% do montante, doando o restante. A vacinação dos participantes olímpicos, porém, não seria abarcada por essa lei.
O acordo ainda deverá ser oficializado em nota técnica pelo governo federal. Procurados, nem o COB nem os ministérios se pronunciaram sobre a reunião desta terça até a publicação deste texto. "O COB é uma pessoa jurídica e de direito privado e, para ser incluído no plano de imunização como grupo prioritário, deverá ser feito através de uma nota técnica. Uma solução questionável do ponto de vista sanitário e epidemiológico, porque deixa uma sensação de quem tem mais lobby pode conseguir vacina", diz o médico e advogado sanitarista Daniel Dourado.
Ainda não há informação exata sobre as datas de vacinação. A expectativa é que a aplicação comece no máximo na segunda quinzena de maio. O COB contabiliza pouco mais de 200 vagas confirmadas nos Jogos Olímpicos até agora (com a expectativa de chegar a um número entre 270 e 300). Em alguns casos, especialmente nos esportes coletivos, não é possível saber quem ocupará essas vagas com antecedência, e por isso o número de possíveis imunizados se baseia em uma lista mais abrangente definidas pelas confederações.
O comitê também se compromete com a imunização dos atletas brasileiros que residem no exterior. Alguns já tomaram vacinas fora do país, por exemplo a atacante Marta, que joga nos EUA. No mês passado, as Forças Armadas tinham incluído os atletas militares entre as prioridades.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO