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Esportes

- Publicada em 27 de Abril de 2021 às 09:13

Champions sobrevive à tensão com Superliga, mas chega à semifinal questionada

Técnico do Real Madrid, Zidane não quis falar sobre a Superliga, às vésperas do duelo com o Chelsea

Técnico do Real Madrid, Zidane não quis falar sobre a Superliga, às vésperas do duelo com o Chelsea


GABRIEL BOUYS/AFP/JC
O anúncio da criação da Superliga europeia de clubes há uma semana colocou as semifinais da Champions League inicialmente em risco. Mas o derretimento quase instantâneo do projeto dissidente afastou o perigo de um fim traumático para esta edição do torneio europeu.
O anúncio da criação da Superliga europeia de clubes há uma semana colocou as semifinais da Champions League inicialmente em risco. Mas o derretimento quase instantâneo do projeto dissidente afastou o perigo de um fim traumático para esta edição do torneio europeu.
Nesta terça-feira (27), o hino da Champions vai tocar no estádio Alfredo Di Stéfano. Real Madrid (ESP) e Chelsea (ING) se enfrentam às 16h (de Brasília), no confronto de ida da semifinal. A TNT e o Facebook da TNT Sports transmitem a partida. O duelo entre espanhóis e ingleses coloca frente a frente dois clubes signatários da Superliga.
Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, era também o mandatário do grupo de 12 agremiações que pretendia criar uma competição para competir com a Champions. Mas seu plano de concentrar a elite do continente e, consequentemente, reunir também maiores arrecadações com o novo torneio, por ora fracassou.
Além do desgaste público causado pela ameaça de romper com a pirâmide do futebol, Florentino ganhou ainda mais antipatia por parte do presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, que apresentou na semana passada, em meio ao turbilhão envolvendo a Superliga, o plano para a nova Champions a partir de 2024. "Pérez é o presidente de uma Superliga que não existe, e no momento ele é o presidente de nada", disse o esloveno.
"Está claro para mim há muito que ele não quer um presidente da Uefa como eu. Isso é apenas um incentivo maior para que eu fique. Ele quer um presidente da Uefa que o obedeça, que o escute, que faça o que ele quer", disparou Ceferin.
O líder da Uefa já afirmou que os 12 participantes da malfadada Superliga sofrerão algum tipo de punição por parte da entidade que comanda o futebol europeu. As medidas ainda não foram definidas.
Zinedine Zidane, técnico do Real Madrid, preferiu não entrar detalhadamente no tema às vésperas do jogo decisivo pela Liga dos Campeões. "O presidente sabe o que se passa no meu coração e o que eu penso, e estamos aqui para nos prepararmos para o jogo contra o Chelsea. Vamos jogar uma semifinal de Champions, e é só nisso que temos de pensar", disse o treinador francês, tricampeão europeu como técnico.
Chelsea foi pressionado pela sua torcida para deixar a Superliga
Seu adversário, o alemão Thomas Tuchel também se manteve à margem da discussão sobre a Superliga, mas aproveitou sua entrevista para criticar o novo formato da Champions League, que em 2024 terá mais times e jogos do que na configuração atual.
"Quando você é dono do clube, toma decisões e nem todo mundo vai aceitá-las. Os torcedores podem estar incomodados com a decisão e não tenho problemas com isso, mas não duvidem do amor que temos pelo futebol", afirmou o comandante do Chelsea, finalista da última edição com o PSG.
O time inglês foi um dos mais pressionados pelos próprios torcedores com relação à Superliga, descontentes com a participação do Chelsea no grupo separatista. Na última semana, horas antes de duelo contra o Brighton pela Premier League, centenas de fãs do time londrino se reuniram em frente ao estádio Stamford Bridge para protestar contra a diretoria.
Ídolo do clube e atualmente dirigente, o ex-goleiro Petr Cech precisou descer do ônibus no qual estava a delegação da equipe para pedir aos torcedores que abrissem passagem para o veículo. A manifestação, que retardou a entrada do Chelsea no estádio, fez com que o início do jogo atrasasse em alguns minutos.
O desgaste só não foi maior pois, no dia deste jogo, todos os seis clubes ingleses participantes da Superliga - Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham - anunciaram sua desistência do projeto.
A debandada foi puxada pelo City, que na quarta-feira (28) encara os franceses do PSG na outra semifinal da Champions. A partida, que acontece na capital francesa a partir das 16h (de Brasília), também terá transmissão da TNT e da TNT Sports no Facebook.
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