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Esportes

- Publicada em 21 de Março de 2021 às 09:00

De volta à F-1, Alonso desafia idade para repetir Andretti, Prost e Lauda

Alonso tenta novo título mundial junto com a equipe Alpine, nascida a partir da Renault

Alonso tenta novo título mundial junto com a equipe Alpine, nascida a partir da Renault


MAZEN MAHDI/AFP/JC
Fernando Alonso já foi o mais jovem a conquistar o título da F-1, em 2005, quando tinha 24 anos. De volta à categoria após um hiato de duas temporadas, o espanhol agora tem a ambição de ser o mais velho a levar o troféu de campeão mundial para casa nos últimos 60 anos.
Fernando Alonso já foi o mais jovem a conquistar o título da F-1, em 2005, quando tinha 24 anos. De volta à categoria após um hiato de duas temporadas, o espanhol agora tem a ambição de ser o mais velho a levar o troféu de campeão mundial para casa nos últimos 60 anos.
Ter um carro que lhe permita correr atrás desse objetivo foi condição determinante para o experiente piloto de 39 anos aceitar o convite da recém-criada equipe Alpine, nascida a partir da Renault, com a qual Alonso foi bicampeão (2005 e 2006).
"Se eu decidir voltar à F-1, vai ser somente se houver uma possibilidade real de vencer o título", disse em 2019, um ano antes da proposta da escuderia francesa. Alonso está ciente de que a meta está distante no horizonte da equipe para a temporada 2021, que terá a sua abertura no próximo dia 28, no Bahrein.
Em 2020, a Renault foi a quinta colocada no Mundial de construtores, a mesma posição ocupada pelo australiano Daniel Ricciardo entre os pilotos, no qual ele foi o melhor representante da equipe francesa.
Ao aceitar o desafio, o espanhol espera ajudar a reformulada escuderia a crescer e se tornar suficientemente competitiva para lutar por vitórias a partir de 2022, conforme expectativa do diretor Luca de Meo.
"Todo nosso trabalho deve resultar, depois deste ano de transição, em uma equipe que vai subir no pódio regularmente", afirmou o dirigente.
Alonso está ansioso por isso, afinal passaram-se oito anos desde que ele conquistou a última de suas 32 vitórias na F-1. Foi em 2013, no GP da Espanha, pela Ferrari, uma das quatro equipes que defendeu na categoria. Na época, ele tinha 31 anos e a idade não era um peso.
Desde o fim da década de 1950, a F-1 passou a ser dominada por pilotos jovens. Em 2008, por exemplo, o inglês Lewis Hamilton, então correndo pela McLaren, superou a marca do espanhol e se tornou o mais jovem campeão, aos 23 anos, nove meses e 26 dias - a marca atualmente pertence ao alemão Sebastian Vettel, que levou o título aos 23 anos, quatro meses e 11 dias.
Ao todo, 1.035 corridas da categoria já foram disputadas e somente 13 delas foram vencidas por pilotos com mais de 39 anos - Alonso completará 40 no próximo dia 29 de julho. Na história, apenas sete pilotos com 40 anos ou mais foram campeões mundiais, todos na década de 1950, a primeira da categoria, uma época em que a idade média do grid também era elevada.
O mais velho campeão da F-1 foi o argentino Juan Manuel Fangio, em 1957, aos 46 anos. Além disso, apenas três pilotos conseguiram conquistar o Mundial novamente ao retornarem à categoria depois de um intervalo fora.
O primeiro caso foi Mario Andretti. O norte-americano ficou fora do Mundial em 1973, participou de duas provas em 1974 e voltou a ter uma temporada regular em 1975. Três anos depois, foi campeão.
Em 1979, foi a vez do austríaco Niki Lauda sair da F-1. Ele voltou em 1982 e ganhou seu terceiro título em 1984. O último a conseguir esse feito foi o francês Alain Prost. Em 1991, ele deixou a categoria. Voltou dois anos depois e ganhou seu quarto título, antes de se aposentar de forma definitiva ao término da mesma temporada.
Alonso tem condições de seguir os passos de Andretti, Lauda e Prost. O espanhol sempre teve grande preocupação com seu condicionamento físico, além de se manter em alto nível competitivo no período em que esteve fora da F-1.
Ele venceu as 24 horas de Le Mans duas vezes e também as 24 horas de Daytona em uma oportunidade - duas categorias de endurance, provas que exigem resistência. Alonso também correu no Rally Dakar e disputou, sem sucesso, as 500 Milhas de Indianápolis. Sua grande frustração.
Vencer a prova norte-americana é o que falta para o espanhol obter a tríplice coroa do automobilismo, um título não oficial dado a quem vence o Grande Prêmio de Mônaco de F-1, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 Horas de Le Mans - somente o britânico Graham Hill realizou o feito.
"Depois de completar alguns desses desafios, faltando apenas a Indy500, achei que era o momento certo de voltar à F-1", afirmou o bicampeão. O retorno dele à principal categoria do automobilismo teve um momento de incerteza no início deste ano. Alonso sofreu um acidente de bicicleta no mês de fevereiro, em Lugano, na Suíça, e precisou fazer uma cirurgia na mandíbula, mas recuperou-se a tempo de participar da pré-temporada, no último fim de semana, no Bahrein.
Nos testes realizados no circuito de Sakhir, ele deu mostras de que está em forma para competir. Com 206 voltas, foi o quinto piloto que mais completou o trajeto na soma dos três dias de testes.
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