No B.O., Gabigol é indicado como "autor", o que significa que no momento ele é tratado como suspeito. O atacante foi incurso no artigo 268 do Código Penal - infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa - e assinou na delegacia um termo circunstanciado, no qual se compromete a não promover mais aglomerações e se coloca à disposição da justiça.
Gabigol poderá ou não ser acusado formalmente e responder pela contravenção, dependendo de eventual decisão do Ministério Público. O artigo 268 prevê pena de detenção de um mês a um ano, além de multa. O estado de São Paulo está em fase emergencial de combate à pandemia de Covid-19, com restrição de serviços não essenciais para combater aglomerações.
O cantor MC Gui, que também estava no cassino e foi conduzido à delegacia, está na mesma situação do atleta do Flamengo, assim como outros frequentadores. Já "o representante da casa e funcionários", segundo a ocorrência, foram incursos também no artigo 50, parágrafo terceiro, da lei 3.688/41, que trata da proibição de jogos de azar.
Gabigol disse que "faltou sensibilidade" a ele no episódio, mas que se dirigiu ao cassino clandestino apenas para jantar com amigos, não para jogar. O consumo de alimentos em bares e restaurantes, porém, também está proibido em São Paulo na atual fase do estado emergencial. De acordo com o delegado Nico Gonçalves, o jogador estava escondido embaixo de uma mesa quando os policiais o abordaram.
O Flamengo não pretende multar Gabigol pelo ocorrido, por entender que se trata da "vida pessoal" do jogador. O atacante, assim como outros integrantes do elenco principal do Rubro-Negro, estava em seu último dia de férias no domingo (14) e voltaram ao treno nesta segunda-feira (15).