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Esportes

- Publicada em 18 de Dezembro de 2020 às 17:58

Sigilo sobre valores marca acordo entre prefeitura de São Paulo e F-1

Autódromo de Interlagos será a casa da F-1 no Brasil pelos próximos cinco anos

Autódromo de Interlagos será a casa da F-1 no Brasil pelos próximos cinco anos


AUT/DIVULGAÇÃO/JC
A prefeitura de São Paulo, sob gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), mudou a forma como apoia financeiramente a realização de uma corrida anual de Fórmula 1 na cidade. Até 2019 o governo municipal se comprometia a bancar a infraestrutura necessária para a prova dentro e fora do autódromo de Interlagos. A partir do Grande Prêmio de 2021, os cofres públicos vão pagar uma espécie de taxa diretamente à empresa britânica FOWC (a antiga FOM), dona da categoria.
A prefeitura de São Paulo, sob gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), mudou a forma como apoia financeiramente a realização de uma corrida anual de Fórmula 1 na cidade. Até 2019 o governo municipal se comprometia a bancar a infraestrutura necessária para a prova dentro e fora do autódromo de Interlagos. A partir do Grande Prêmio de 2021, os cofres públicos vão pagar uma espécie de taxa diretamente à empresa britânica FOWC (a antiga FOM), dona da categoria.
Todo o contrato, porém, será mantido sob sigilo pela administração Covas, inclusive os valores. O Rio de Janeiro, que participou de uma espécie de leilão com São Paulo, havia oferecido US$ 35 milhões por ano.
Até a corrida do ano passado - e seria assim também em 2020, não fosse o cancelamento da etapa brasileira por causa da pandemia -, a detentora dos direitos do GP do Brasil era a International Publicity, do empresário húngaro naturalizado brasileiro Tamas Rohonyi, que há 30 anos é o promotor da prova. Por um lado, ele tinha contrato com a F-1 e, de outro, recebia apoio estrutural da prefeitura.
Em 2019, por exemplo, a prefeitura de São Paulo repassou R$ 39 milhões à SPTuris para que a autarquia contratasse a infraestrutura da prova, o que incluiu empresas para instalação de arquibancadas tubulares, apoio operacional, suporte técnico, limpeza, segurança, serviços médicos, pagamento de contas de energia elétrica e água, além de bancar taxas da burocracia brasileira para a realização da prova. O valor acabou sendo acima do necessário, e a SPTuris devolveu R$ 2,5 milhões que não foram gastos.
Para ter as corridas de 2021 a 2025, a prefeitura de São Paulo comprou os direitos da prova, pagando diretamente à Formula One World Championship Limited (FOWC). O objeto do contrato é a "aquisição dos direitos, pelo município de São Paulo, para a realização do evento denominado 'Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1', nos anos de 2021 a 2025". Em 2020 e nos próximos anos, o dinheiro deve sair da rubrica do orçamento destinada a "promoção de eventos de interesse do município".
No esporte, esse regime é novo e foi testado no ano passado na Street League Skateboarding (SLS), que organizou a etapa final da temporada, uma espécie de Mundial de Skate, em São Paulo. Na ocasião, a prefeitura pagou R$ 1,7 milhão a uma agência como "taxa do direito de cidade anfitriã". Era um teste para o modelo que agora mantém a Fórmula 1 em São Paulo. O valor que será pago à FOWC, conhecido na Fórmula 1 como "fee", porém, é mantido sob sigilo.
A prefeitura tem um sistema de transparência conhecido pela sigla "SEI", mas lá todos os documentos relativos ao contrato com a FOWC, desde os pareceres jurídicos e das secretarias até o contrato em si, passando pela documentação enviada pela FOWC, aparecem como "documento classificado como restrito".
Na quarta-feira (16),  a prefeitura informou que "o Grande Prêmio de São Paulo passa a ser promovido pela Brasil Motorsport, empresa detida por entidades de investimento controladas pela Mubadala, uma empresa global de investimento do governo de Abu Dhabi".
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